As surpreendentes Salamandras

Quando você pensa em uma Salamandra, logo a associa ao lagarto pela semelhança física. Aí está a primeira surpresa em relação a elas: não são répteis, e sim, anfíbios. Elas não apresentam escamas, passam parte da vida na água e respiram pela pele. “Suas cores variam de acordo com a espécie. As mais coloridas são venenosas e potencialmente perigosas”, completa a bióloga Mariana Aprile. O veneno, explica a profissional, é secretado por glândulas especiais. Em alguns casos, elas até espirram jatos.

Há mais de 650 espécies de Salamandras e uma delas é encontrada apenas na floresta amazônica, a Bolitoglossa altamazonica. As outras habitam países da Europa, norte da África, Estados Unidos e México. Elas ficam em margens de rios, charcos e qualquer local úmido que apresente pedras e troncos com buracos, pois servem de abrigo durante o dia. A espécie tem hábitos noturnos, move-se lentamente e alimenta-se de invertebrados, como minhocas, larvas, vermes e insetos.

Outra característica surpreendente da Salamandra é a capacidade de regeneração. Se ela perder qualquer membro de seu corpo, ele nascerá novamente. Isso tem sido objeto de pesquisa há anos.

Em relação à reprodução, o acasalamento ocorre em ambiente terrestre, mas os filhotes nascem na água e passam seus primeiros três anos nela. Em cativeiro, elas podem viver até 20 anos. São animais ovovivíparos, ou seja, produzem ovos, mas estes são incubados dentro da mãe. Geralmente as fêmeas são maiores que os machos.

Mariana destaca que as Salamandras não são animais possíveis de se domesticar. “Pode-se ter uma Salamandra de estimação, mas não é possível fazer carinho, por exemplo. Elas não gostam de ser tocadas”, observa a bióloga. Dependendo da espécie, os cuidados diferem um pouco, mas basicamente elas devem ser mantidas em aquaterrários (com uma parte seca e outra com água), a temperatura e umidade devem ser controladas e o pH também deve ser monitorado.

Contato Mariana Aprile: mariana.aprilebitt@gmail.com

 

 

Da Redação
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