Viajar com o pet pode ser uma experiência incrível. Para que tudo saia como esperado, é necessário que a saúde do peludo esteja em dia, principalmente se a viagem for de avião. Por isso, é importante consultar um médico-veterinário com antecedência para avaliar a saúde geral do animal e garantir que todas as vacinas estão atualizadas.
“É importante garantir que o animal não tenha problemas de saúde que possam colocá-lo em risco ou os demais passageiros do voo. Além disso, é fundamental que ele tenha um atestado de viagem prescrito por um médico-veterinário, dentro da validade, garantindo que ele está bem e adequadamente imunizado contra as principais doenças”, explica Renata Pinheiro, médica-veterinária e coordenadora de marketing da Guiavet.
Cada companhia aérea e país, no caso dos trajetos internacionais, podem exigir documentos e vacinas específicas antes do embarque do pet. Entretanto, os requisitos básicos são o atestado de saúde recente e doses válidas das vacinas múltipla viral – V10 ou V8 para cães e V4 ou V5 para gatos – e antirrábica.
“O protocolo pode variar dependendo da idade do animal, mas é de extrema importância que ela seja feita por um médico-veterinário formado, que irá orientar sobre as doses de reforço e avaliar se o destino exige algum cuidado extra, como o controle de ectoparasitas e uso de repelentes tópicos”, afirma Pinheiro.
Preparativos além do veterinário
Antes de viajar, é importante ter certeza de que cão ou gato está bem adaptado à caixa de transporte, onde ele deverá permanecer durante todo o voo. Por isso, o ideal é que o treinamento comece com antecedência para evitar que ele fique estressado durante o trajeto. Tudo começa com a escolha da caixa ideal, que deve permitir que o animal se levante e consiga se virar com facilidade se precisar.
“A caixa de transporte é o equivalente ao nosso assento para o animal. Animais que não estão acostumados com a caixa podem se sentir estressados e se debater na tentativa de sair. Além de se machucar no processo, ele poderá ter problemas de saúde decorrentes do estresse e ainda danificar a caixa a ponto de conseguir escapar e se colocar em risco. Por isso, é muito importante que antes de uma viagem de avião, os pets estejam confortáveis com a caixa”, orienta a médica-veterinária.
A dica é que a adaptação comece em casa, associando a caixa com recompensas prazerosas, como petiscos que podem ser usados para direcionar o indivíduo para dentro do compartimento. Depois, é necessário treinar o comando “fica” para que ele permaneça lá, fornecendo brinquedos para que ele tenha associações positivas com aquele ambiente.
Nos dias que antecedem a viagem, a recomendação é que a rotina do pet seja mantida, principalmente a alimentação, evitando petiscos extras e alimentos que fujam do que ele está acostumado. No dia imediatamente anterior e na data do embarque, a frequência e o intervalo da alimentação podem variar de acordo com o animal ou o destino.
“Animais com tendência a enjoar precisam de jejum por um período mais longo. Se o voo for muito longo, divida a refeição em porções menores para evitar que ele enjoe e, caso o seu animal passe mal com frequência, converse com o veterinário para entender se existe alguma medicação que pode ajudar, mas nunca medique o pet por conta própria”, assinala dra. Renata.
No dia da viagem
Chegada a data do embarque, não esqueça de sempre manter os documentos do pet em mãos e, para garantir, tenha também uma cópia digitalizada para evitar problemas em caso de perda ou danificação dos papéis. Atualmente, existem aplicativos que ajudam a organizar todas as informações necessárias sobre o cão ou gato.
É importante que o animal esteja devidamente identificado durante toda a viagem. O ideal é que eles sejam microchipados com antecedência – aliás, esse é um dos requisitos para que ele possa entrar em muitos países. Assim, em caso de fuga, as chances de encontrá-lo serão maiores.
Em relação às necessidades fisiológicas, a dica é aproveitar o tempo de espera e as conexões para caminhar e incentivar o pet a fazer xixi e cocô.
“Vale deixar um tapete higiênico descartável na caixa e levar algumas unidades extras para que ele não se suje se resolver fazer as necessidades lá dentro. Procure respeitar os horários que ele normalmente faria as necessidades no dia a dia, evitando viajar nos horários em que estaria passeando, por exemplo”, orienta a veterinária.