Posse responsável: tudo o que você precisa saber antes de adotar um pet

A chegada de um pet costuma ser um momento de alegria, mas requer muita responsabilidade. É necessário planejamento porque um novo membro requer gastos financeiros, dedicação de tempo e adaptações na rotina. Além disso, é imprescindível que todos os moradores concordem em receber um animal de estimação na casa, já que é uma decisão que afeta a família inteira.

Preparando o ambiente

Cada espécie, raça e indivíduo têm necessidades específicas no dia a dia. No entanto, antes de decidir, é preciso considerar se o ambiente disponível é adequado. Também é preciso adaptar o espaço para evitar acidentes, já que grande parte dos pets — desde gatos, passando pelos cães e até os mais exóticos como os ferrets — são curiosos e gostam de explorar o ambiente. Por isso, é dever dos humanos telar janelas, proteger tomadas e evitar o contato do animal com plantas tóxicas, por exemplo.

“Gatos vivem bem em ambientes pequenos, desde que sejam estimulados com muita brincadeira. O enriquecimento ambiental é de suma importância. Já os cachorros têm necessidades e comportamentos variados. Cães de grande porte ou mais ativos precisam de espaço para correr e brincar, enquanto outros podem demandar menos espaço porque são menos ativos” afirma Thaís Matos, médica-veterinária da DogHero e do Grupo Petlove.

Não esqueça que eles também precisam ter um espaço para o descanso adequado, com caminhas aconchegantes para cães ou prateleiras e nichos, no caso dos bichanos. É importante que eles tenham brinquedos disponíveis, assim como um lugar para alimentação e água, e local para o xixi e o cocô – embora muitos cachorros só façam as necessidades na rua, o ideal é sempre estimular que eles também as façam dentro de casa.

Saúde e alimentação

Antes de acolher um bicho de estimação na família, é preciso considerar os gastos financeiros e de tempo para garantir a saúde dele. Os filhotes precisam de um ciclo de vacinação completo e os adultos precisam tomar doses de reforço anualmente – a antirrábica, aplicada pelas prefeituras e previstas em lei, e as múltiplas, que são a V3, V4 ou V5 para os gatos e V8 ou V10 para os cachorros.

“Pode haver a necessidade de outras vacinas consideradas opcionais, que variam de acordo com a região onde o pet vive e o risco de exposição. Para cães, as opcionais mais comuns são a da leishmaniose, que pode ser essencial em determinadas regiões do país, da giárdia e da tosse dos canis. Apenas um médico-veterinário pode indicar o melhor protocolo para cada pet”, orienta Thaís.

Assim como os humanos, os animais também precisam fazer checkups periódicos. A recomendação é visitar um médico-veterinário anualmente para garantir que tudo vai bem com a saúde. Quanto mais cedo uma doença é diagnosticada, maiores são as chances de sucesso no tratamento. Idosos e indivíduos com condições especiais podem precisar de visitas mais frequentes. 

Uma vida saudável também depende de uma alimentação de qualidade. Uma dieta balanceada é sinônimo de qualidade de vida. Existem rações específicas para cada espécie e fase da vida, e um médico-veterinário pode ajudar a escolher a melhor opção quando o pet tem demandas de saúde específicas. A oferta de alimentos que não são próprios para aquele animal pode acarretar em doenças nutricionais causadas pelo excesso ou pela carência de nutrientes, gordura, proteínas e carboidratos ou, ainda, doenças renais quando há excesso de sal.

Passeios e brincadeiras

Não existe uma regra sobre o tempo ideal de passeio e brincadeiras com o pet, mas saiba que é necessário reservar um período diário para essas atividades. Além de ajudarem a melhorar a conexão entre o animal e os humanos, elas são importantes para evitar sobrepeso, evita a ansiedade, combate o tédio e ajuda a manter o cérebro sempre ativo. 

“As brincadeiras podem ser feitas dentro ou fora de casa, mas quanto maior o espaço, mais energia o pet vai liberar, porque poderá correr e brincar de procurar e perseguir. A duração ideal depende de fatores como peso, condicionamento físico, estado de saúde e idade. Tanto cães quanto gatos precisam ser estimulados”, explica a médica-veterinária da DogHero e do Grupo Petlove.

 

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