Algumas doenças como sarna, coriza ou até mesmo conjuntivite, são comuns em coelhos. No entanto, não há motivos para pânico! Com os cuidados certos, e visitas periódicas ao médico-veterinário, podem ser tratadas facilmente. Já alguns males merecem uma atenção maior do tutor.
Vamos conhecer algumas delas, seus sintomas e citar alguns tratamentos que podem ser indicados pelos profissionais. Tudo para que seu pet possa ter uma vida mais saudável.
– Mixomatose
A mixomatose é uma das doenças mais graves que podem acometer seu pet. Causada por um vírus, a taxa de animais que podem não sobreviver é alta, e a propagação é rápida entre animais saudáveis.
O vírus mixoma pode ser contraído por meio da picada de mosquitos, moscas, ácaros e pulgas, ou por contato direto com coelhos infectados.
- Seus sintomas são inchaço das pálpebras, conjuntivite supurativa (produtora de pus) e letargia. Inchaço subcutâneo que se estende aos olhos, ouvidos e área genital. O inchaço pode progredir rapidamente para sangramento da pele, problemas respiratórios, perda de apetite, febre e desenvolvimento de tumores de pele generalizados. A morte geralmente ocorre dentro de uma ou duas semanas após a infecção, mas ocasionalmente os animais sobrevivem e os sintomas desaparecem lentamente em cerca de três meses.
Coelhos que apresentem sinais de mixoma devem consultar um veterinário o mais rápido possível.
O tratamento inclui cuidados de suporte com líquidos, alimentação por seringa, medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. A vacinação pode proporcionar proteção temporária, coelhas grávidas não devem ser vacinadas, nem os coelhos com menos de seis semanas de idade. Ocasionalmente, os coelhos vacinados têm uma reação no local da injecção, mas em comparação com a infecção letal, esta reação é insignificante, mas a orientação dos médico-veterinário é primordial para a saúde do seu pet.
– Doença hemorrágica viral
A doença hemorrágica viral (DHV) é uma doença infectocontagiosa, causada por um calicivírus, um organismo que infecta principalmente coelhos domésticos. Ele é transmitido por contacto direto com coelhos infectados ou indireto através de produtos de coelhos (roedores, e gaiolas, pratos e vestuário) contaminados. O período de incubação da doença pode durar até três dias, porém muitos coelhos podem chegar a óbito sem apresentar qualquer sinal clínico.
- Caso o seu coelho apresente diminuição do apetite, febre, letargia e colapso, é indicado levar o pet imediatamente a uma clínica veterinária, pois os sintomas tendem a se tornar mais graves podendo haver convulsões e coma, dificuldade em respirar, espuma na boca ou sangramento nasal.
Durante um mês, os coelhos que sobrevivem à doença permanecem como portadores, e podem continuar a excretar o vírus, e os coelhos novos devem ser isolados de outros coelhos durante 30 dias para minimizar o risco desta infecção.
A vacinação ajuda a prevenir a proliferação, assim como, a desinfecção de objetos contaminados e o controle de insetos.
– Encefalitozoonose
É causada por um parasita unicelular microscópico, que pode afetar além de coelhos, outros mamíferos, incluindo os seres humanos. A transmissão entre coelhos ocorre após ingestão de água ou comida contaminada com urina. Os coelhos infectados transmitem esporos infecciosos através da urina, e o parasita é transportado através da circulação sanguínea para o fígado, rins e sistema nervoso central. As coelhas gestantes podem infectar os filhotes ainda durante a gestação através da placenta. Nesse caso, os esporos se alojam no olho, onde a sua multiplicação e erupção provoca cataratas e ruptura da lente, levando a inflamação e grande desconforto ao animal.
- Os sintomas são olhos trêmulos e catarata brancas e densas, doença neurológica como inclinação discreta da cabeça, fraqueza dos membros posteriores, espasmos e incontinência urinária, falta de apetite, dificuldade em andar, capotamento incontrolável numa direcção, tremores, e convulsões. Outro fato alarmante é que muitos coelhos infectados não apresentam sinais clínicos, por isso qualquer mudança de comportamento ou alteração física, entre em contato com o médico-veterinário imediatamente.
O tratamento envolve a administração de medicamentos anti-inflamatórios e antiparasitários durante algumas semanas, juntamente com cuidados de apoio como a alimentação com seringas e medicação contra o enjoo.
Atualmente não existem medicamentos garantidos para eliminar a infecção, e muitos coelhos continuam a mostrar sinais, mesmo após o tratamento.
Existem outras doenças que podem se manifestar no seu coelho, seja por, mudança na dieta, introdução de um novo animal ou pessoa em casa ou stress ambiental. Por isso, ter um médico-veterinário regularmente, manter a carteira de vacinação em dia e dispor de um ambiente limpo e seguro, ajudará o seu bichinho a ter uma vida mais longa e feliz ao seu lado.
Fonte: VCA Hospitals