Cuidados para ter um réptil como animal de estimação

Nem todo mundo gosta de ter um cão ou um gato como animal de estimação. Algumas pessoas vão muito além e preferem ter por perto répteis. Iguanas, tartaruas, lagartos e até mesmo cobras já ocupam o lugar dos pets tradicionais.

Mas é bom lembrar que a legislação brasileira só permite a criação de animais silvestres que sejam cadastrados. Então, o primeiro passo é adquirir um réptil originários de criatórios licenciados pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), lembra o veterinário Rafael Muzetti, especializado em animais exóticos.

Outro cuidado é com o habitat e os acessórios, que precisam ser específicos para eles, segundo Muzetti. “O mais indicado é que utilize um terrário para manter esses animais”, explica. “É preciso criar um ambiente de acordo com cada espécie, reproduzindo da forma mais fiel possível o local de origem do animal. Para isso, muitas vezes é preciso usar, além de terra, água e pedras, lâmpadas e aquecedores especiais”.

O veterinário lembra que os répteis têm sangue frio (pecilotérmicos). “Eles são incapazes de manter a temperatura do corpo e precisam de uma fonte de calor externa como lâmpadas específicas para cada espécie, desenvolvidas para atender as suas necessidades. Também existem equipamentos especiais, como termômetros e higrômetros, que ajudam o tutor a se certificar se as condições do terrário estão de acordo com o recomendado para que seu pet se mantenha saudável”.

Também a alimentação dos répteis é bastante variada, lembra Muzetti. “ Alguns deles são carnívoros, outros herbívoros e existem até mesmo os onívoros. Em geral, tartarugas e jabutis podem se adaptar bem com rações balanceadas, mas animais como as cobras precisam de camundongos vivos para se alimentarem”, lembra.

O uso de rações e vitaminas específicas pode ser necessário, segundo o veterinário, quando o animal estiver extremamente magro ou em processo de recuperação de alguma doença (convalescente). “ O ideal em caso de dúvidas é procurar um médico veterinário especializado para fazer o atendimento do animal”, lembra.

Não são animais amistosos

Muzetti alerta ainda que se a pessoa está buscando por pets receptivos, os répteis de estimação não são os mais indicados. “Eles não estarão a todo momento ao seu lado, não pedirão por carinho ou mesmo poderão passear com você no parque. Contudo, se a pessoa busca por uma companhia tranquila e dócil, estes serão animais perfeitos”.

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