Como preparar os pets para a chegada do bebê

O nascimento de um bebê muda a rotina de toda a família. Os pets também percebem as mudanças e podem estranhar a chegada de um novo membro. Por isso, é importante preparar os animais para tornar a convivência mais tranquila, e garantir o bem-estar de todos da casa.

Ainda durante a gravidez, a recomendação é evitar ao máximo mudar a rotina, mantendo os horários de passeios, refeições e brincadeiras, por exemplo. Conforme as transformações vão acontecendo, como a montagem do quarto da criança e o surgimento de novos odores, cães e gatos tendem a perceber naturalmente que algo está mudando.

“O ideal é ir apresentando ao pet alguns elementos que façam parte do dia a dia de um bebê. Animais que são mais brincalhões podem se interessar pelos objetos da criança, como brinquedos, mamadeiras e chupetas. Então, é possível ir mostrando esses elementos e criando associações positivas usando petiscos, carinho e outras coisas que ele goste”, exemplifica Jade Petronilho, médica-veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove.

É fundamental que a família saiba o quanto o membro de quatro patas está acostumado com pessoas, principalmente bebês e crianças. Se há dúvida de como o pet irá reagir com a chegada do bebê ou se ele já tem histórico de não reagir bem diante de desconhecidos ou crianças, a orientação é buscar o auxílio de um médico-veterinário comportamentalista ou um adestrador.

Apresentando o bebê aos pets

Quando a criança nascer, a apresentação aos cães ou gatos deve ser gradativa. Então, antes do bebê ir para casa, o ideal é permitir que os animais tenham contato com objetos com o cheiro do recém-nascido, como mantas e peças de roupa, sempre associando a presença daquele odor com coisas positivas (petiscos, carinho, brinquedos, etc).

A mesma regra vale para quando o pet e o bebê forem se ver pela primeira vez, ou seja, a apresentação deve ser gradativa e gerar associações positivas para o bicho de estimação. A dica é recompensá-lo em momentos que fogem ao comum para aquele pet, por exemplo, quando a criança chorar.

“É importante não forçar a interação, como colocar a criança na cara do cachorro ou gato. Para ele se acostumar ao choro e demais mudanças na casa, é importante incluí-lo nas atividades diárias do bebê”, recomenda Petronilho.

Diante da mudança de rotina de toda a família, a recomendação é tentar manter minimamente a rotina dos animais. Isso porque eles já estão mais estressados devido às novidades e a interrupção na rotina pode deixá-los mais agitados. Além disso, jamais mude o pet do ambiente que ele está acostumado.

“Manter os passeios e outras atividades que o pet está acostumado é essencial. Às vezes, eles acabam ficando de lado porque os pais estão imersos nos cuidados com o bebê. Por isso, é importante contar com a ajuda de amigos e familiares para manter a rotina e o bem-estar do animal”, afirma a especialista.

Pets podem ter ciúmes do bebê?

Não é comprovado que animais sentem ciúmes. No entanto, pets com problemas relacionados à posse de recursos podem ficar mais estressados e até apresentar reatividade com a chegada do bebê.

“Cães e gatos domesticados dependem de um humano para se alimentar, receber petiscos e fazer outras atividades, como os passeios. Quando trazemos uma criança para casa, a tendência é que esses momentos diminuam, além de casos cujo animal é muito apegado ao dono, como quando o cachorro avança em visitas”, explica a médica-veterinária da Petlove.

Portanto, além de seguir as dicas mencionadas para manter a rotina e criar associações positivas para evitar que o animal fique mais estressado com a chegada do bebê, é importante buscar a ajuda de um comportamentalista ou um adestrador para garantir o bem-estar e a adaptação adequada de todos os membros da família.

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