Esquilo da Mongólia: o pet ideal para apartamentos

Ouvindo o nome “Esquilo da Mongólia”, logo de cara, você pode até imaginar um bichinho exótico e com toques asiáticos, distante do mundo pet latino. Pois não é que este esquilinho, na verdade, é o conhecidíssimo Gerbil ou Meriones unguiculatus para os íntimos? Pois é!

“É um dos roedores que entraram para o mundo dos mascotes. Este minúsculo animal é fisicamente similar ao hamster, com quem guarda um grande parentesco, necessitando, no entanto, de alguns cuidados muito diferentes”, diz Ricardo Gouveia Balleja, cunicultor e criador de animais de estimação, especializado em roedores exóticos, da empresa de Rancho dos Roedores de São Paulo.

Tem um micro corpinho e uma longa cauda que é, praticamente, metade do seu tamanho total. “Possui cerca de 10 cm de corpo e quase 9 cm de cauda e patas dianteiras pequenas, que usa para apanhar os alimentos. As patas traseiras são maiores, com média de 3 cm, olhos grandes, orelhas pequenas e sensíveis ao menor ruído, já os dentes incisivos da frente, como os do coelho, crescem durante toda a vida”, descreve o cunicultor.

De acordo com Ricardo, o Esquilo da Mongólia não tem muitos problemas de relacionamento e recebe um mimo muito bem, obrigado. “Trata-se de um roedor com muito caráter que, quando se sente mimado e querido, comporta-se de maneira amistosa e se relaciona bem com seu dono. É um animal que não faz muito barulho, não produz mau cheiro e não faz muita sujeira, além de ocupar pouco espaço. Ideal para quem mora em apartamentos ou pessoas que sofrem com problemas de alergia, como rinite”, indica Balleja.

Existem algumas condições que devem ser seguidas à risca para prover uma boa casinha para estes pequenos. Segundo o cunicultor, “as jaulas não são recomendadas como alojamento para este pequeno companheiro, devido ao fato dele poder machucar o seu nariz com as grades e jogar toda a forragem para fora, por sua tendência a escavar. O ideal é criá-lo num local tipo aquário ou terrário de vidro com um pouco de forragem para que ele possa ‘exercer’ sua capacidade de escavação e construir seus túneis”, frisa Ricardo.

A alimentação é bem simples, baseada em sementes, grãos de cereaisvegetais frescos e frutas. No entanto, não adianta ter um Gerbil bem alimentado e criado em um aquaterrário se ele não tiver companhia. Ricardo explica que eles “devem ser criados em pequenos grupos ou em pares, evitando-se criá-los sem um companheiro, porém, criando dois machos ou duas fêmeas, já que eles se reproduzem continuamente”.

E, para virar fã de carteirinha, saiba que o Esquilo da Mongólia é estritamente monogâmico. “Eles se apegam ao seu par, não devendo ser separados sem necessidade e permanecer juntos por toda a vida”, orienta Ricardo.

É muito amor!

 

 

 

 

Por: Paula Soncela
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