Cachorro, gato, peixe, lagarto, pássaro, ramster… Preguiçoso, tímido, ativo, exigente… Agora que você decidiu ter um animal de estimação em casa, abre-se um leque de opções em relação a espécies, raças e personalidades dos bichinhos. Como escolher o animal que mais se adeque à sua personalidade?
Para ajudar a responder a essa importante pergunta, o Portal Melhores Amigos ouviu duas especialistas na área: Leocádia Chalita de Lima, médica veterinária da Esalpet, e Marcela Rohde Abate, proprietária do abrigo Recanto Bicho Feliz.
A primeira decisão é em relação à espécie. “Os animais domésticos e de companhia mais comuns, principalmente no Brasil, são os cães e gatos. Uma espécie se difere muito da outra, principalmente em questão de hábitos. Os felinos são animais mais independentes, que não exigem passeios diários, por exemplo. Já os cães necessitam de maior atenção e um tempo maior de socialização, tanto com outros cães como outros humanos”, explica a veterinária Leocádia.
“Existem também os chamados animais exóticos ou silvestres, dentre eles estão repteis, pequenos roedores, aves, peixes e até mesmo anfíbios. Estes animais necessitam de cuidados especiais que variam de acordo com cada espécie”, afirma a profissional.
Após estudar detalhes das espécies e escolher seu tipo de bichinho, o futuro tutor deverá, agora, definir características como raça, tamanho e personalidade. Neste caso, há uma dica de ouro: escolha um animal com a sua personalidade. “Para a escolha da melhor raça, devemos levar em consideração a personalidade do tutor e a sua rotina, buscando uma raça que tenha traços de personalidade parecidas com a do adotante. Sendo que existe uma grande diversidade de raças que estão divididas em grupos, aqueles mais alegres, os mais introvertidos, os caçadores, os de guarda, entre tantos outros”, diz Leocádia.
Marcela lembra que, no caso de cachorros, raças de pelos longos costumam dar mais trabalho em relação a cuidados de higiene e limpeza de ambientes. “Já os com focinhos achatados, como buldogue francês, pug e boxer, são de raças que geram alto custo, devido à sensibilidade principalmente na parte respiratória”, afirma Marcela.
Ambas as especialistas afirmam que a escolha do tamanho do animal está diretamente relacionada ao espaço físico à disposição dele. “Se você mora em um apartamento pequeno, é bem difícil criar uma raça gigante, por exemplo, já que os animais necessitam de espaço para realizar suas atividades e ter uma boa qualidade de vida”, afirma Leocádia. Marcela alerta para outra questão: “É preciso, também, prestar atenção a questões dos vizinhos. Há animais que fazem mais barulho.”
Responsabilidade
Adotar um animal também exige muita responsabilidade do tutor. “Toda a família tem que estar de acordo com a chegada de um animal, ter consciência de que um animal vive entre 15 e 20 anos e que vai ter custos, como vacinas, vermífugos, banhos, ração de boa qualidade, além de consultas com veterinários”, diz Marcela (www.recantobichofeliz.com.br)..
“Acredito que os critérios mais importantes para os tutores são responsabilidade e comprometimento. Os animais necessitam de atenção, dedicação e cuidados constantes”, complementa Leocádia (leochalita@outlook.com e www.facebook.com/leocadiachalitamv).