Embora seja mais conhecido em humanos, o lábio leporino é uma condição que atinge também os gatos e cachorros. Se não tratada, pode levar até a morte dos bichinhos. Entenda aqui a doença e aprenda como tratá-la nos gatinhos.
O lábio leporino é caracterizado por uma abertura na lateral dos lábios superiores, entre a boca e o nariz. O problema está, muitas vezes, associado à chamada “fenda palatina”, uma abertura no céu da boca que permite a comunicação entre a cavidade oral e o aparelho nasal. Ela pode comprometer também dentes, gengivas, o maxilar superior e o nariz.
“É uma condição que precisa ser tratada, porque, com o contato do nariz com a boca, os animais podem aspirar a comida ao se alimentar, o que é muito perigoso”, explica a médica-veterinária Úrya Barbosa. Ela conta que o lábio leporino é uma doença congênita, ou seja, os filhotes já nascem com o problema, e costumam ter outras anomalias associadas, como problemas cardíacos. Por isso, é importante consultar um especialista assim que o pet nasce. Seu aparecimento está relacionado, na maioria dos casos, ao cruzamento de animais da mesma família, além de outros fatores hereditários, mas também pode acontecer quando o pet sofre um trauma, entre outras causas.
O tratamento é cirúrgico. “É uma cirurgia bem simples, que dura poucas horas e costuma ter um pós-operatório sem complicações”, explica a médica-veterinária. No entanto, ela alerta que os donos devem prestar atenção especial à alimentação do bichano após a cirurgia. “Gatos demoram um pouco mais para voltar a comer. Deve-se começar com a comida mais palatável e úmida, e é importante fazer o controle de dor adequado, porque, caso contrário, eles não comem mesmo”, informa.
O cuidado especial deve durar em torno de uma semana. Depois desse tempo, o gatinho já passa a comer normalmente e os pontos remanescentes são retirados, deixando o pet pronto para brincar e viver novas aventuras.