Epilepsia: como lidar com a doença e ajudar seu cachorro

Quando nossos pets se sentem mal ou estão doentes, apesar deles não verbalizarem para nós o que estão sentindo, conseguimos captar as mudanças mais sutis de comportamento e perceber que algo não vai bem.

No caso da epilepsia canina, não é preciso uma percepção muito aguçada para deduzir que seu cão está convulsionando. Porém, é necessário ter algumas informações em mãos para cuidar adequadamente do seu cãozinho epilético.

“A epilepsia pode ter várias causas, ou pode ser de etiologia desconhecida, chamada de epilepsia idiopática (primária)”, explica Miguel Ziegler, médico veterinário da clínica Stetic Dogs, de São Paulo.

Além da epilepsia idiopática, existe a epilepsia adquirida que pode ser causada por uma agressão cerebral prévia infecciosa, inflamatória, metabólica, neoplásica, tóxica ou traumática. Esta forma da doença é também conhecida como epilepsia sintomática ou secundária.

Sintomas e diagnóstico

“Os sintomas da epilepsia são as convulsões, que podem ser classificadas como pequeno mal ou grande mal, dependendo do grau da crise, que pode variar desde uma ausência até a convulsão mais forte quando o animal se urina, se defeca, aumenta a salivação, faz movimentos descoordenados de pedaladas”, descreve o médico veterinário.

O diagnóstico varia muito com a idade, raça e espécie, além da história do animal, e é necessário paciência e dedicação para averiguar o que acarretou o ataque epilético. Segundo o Dr. Miguel, “o diagnóstico da causa das convulsões pode ser feito por meio de uma investigação minuciosa do médico veterinário e realização de exames complementares, que englobam desde exames de sangue simples até tomografia computadorizada”.

Tratamento e cuidados

“O tratamento depende da causa das convulsões, mas de modo geral as crises são controladas com medicações prescritas por um médico veterinário”, relata Dr. Miguel. Mas lembre-se que é bem provável que você não saia da consulta veterinária já com um diagnóstico fechado e um protocolo a seguir. Por isso, tenha paciência e realize os exames que o veterinário pedir para, assim, prover o tratamento mais adequado para o seu pet.

Além disso, pode acontecer do seu cão realizar todos os exames possíveis e, mesmo assim, não ser identificada uma causa das crises epiléticas. “Caso se desconheça a causa da epilepsia, deve-se associar as crises com algum evento específico, como fogos de artifícios, por exemplo. Portanto, o tutor deve evitar que isto de alguma forma dispare as crises, além de fazer visitas periódicas ao veterinário para controle das medicações e das funções vitais”, orienta o médico veterinário.

 

 

Por: Paula Soncela
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