Sabe aquele gato rechonchudo, de pelo curto, cara redonda, focinho achatado e muito parecido com o Garfield? Pois é, o nome dele é Gato Exótico.
A raça teve origem no início dos anos 1960 nos Estados Unidos, quando criadores do American Shorthair cruzaram seus animais com o gato Persa. Alguns relatos dizem que eles tentavam introduzir a pelagem longa dos Persas nos American Shorthair, contudo criaram involuntariamente o efeito oposto: um gato de pelagem curta e densa. Mas as características físicas do corpo compacto e da face arredondada e achatada do Persa, permaneceram, relata a médica-veterinária Bruna Padin, especializada em medicina de felinos. O Gato Exótico foi reconhecido em 1967 nos EUA e em 1971, na Europa.
De acordo com Bruna, ele é um gato de índole semelhante ao do Persa em muitos aspectos, incluindo o temperamento dócil. É carinhoso, adora colo e de estar em contato com os proprietários. São ainda sociáveis, miam pouco e de fácil convivência, inclusive na adaptação com outros animais. Por conta dessas características não é indicado para pessoas que passam muito tempo fora de casa. Apesar da “tranquilidade”, são curiosos e bastante brincalhões, provavelmente por conta da herança dos American Shorthair.
Quanto aos cuidados, Bruna afirma se tratar “de uma raça que não exige demasiado e nem específicos cuidados”. Não precisam de muito espaço e sua pelagem curta facilita o manejo de escovação. Enquanto os Persas precisam de escovação diária, os Exóticos exigem uma frequência mais moderada (uma a duas vezes por semana). Assim como os Persas, por serem braquicefálicos (animais de focinho achatado) podem apresentar alguns problemas oftálmicos, dermatológicos e respiratório, que devem ser avaliados por um médico-veterinário.
O Gato Exótico é a segunda raça mais comum nos EUA, perdendo apenas para seus parentes Persas. “Algumas pessoas acreditam que o Garfield seria um Exótico, apesar dos gatos dessa raça serem mais amigáveis do que preguiçosos”, brinca Bruna.