Apesar de causar quadros graves, maior parte dessas doenças podem ser evitadas com vacinação e um ambiente limpo.
Da redação
Diversas doenças, de gravidades diferentes, podem acometer seu animal de estimação durante surtos infecciosos, momentos nos quais o contato entre animais não vacinados pode facilitar a transmissão de doenças.
“Existe uma variedade grande de infecções causadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas. Por isso, quando notar qualquer alteração física ou de comportamento (falta de apetite ou energia), queda de pelos, coceira ou vermelhidão, fique alerta – diz o médico-veterinário Carlos David Castro – e leve seu animal a uma consulta. Somente o veterinário poderá indicar a causa e o tratamento mais adequado”.
Nos cães por exemplo, a cinomose causa quadros respiratórios, gastrointestinais e neurológicos e é altamente contagiosa, podendo permanecer no ambiente por até 90 dias, em média, depois da retirada do animal doente, se o ambiente estiver seco e frio. Também muito contagiosa, a parvovirose acomete principalmente o trato digestório, causando sérios quadros de diarreia e consequente desidratação em poucas horas. Já nos felinos, um dos principais problemas que podem surgir em surtos infecciosos são as viroses que acometem o sistema respiratório e ocular, causando rinites e conjuntivites decorrente da panleucopenia (também conhecida como parvovirose felina), e complicações gastroentéricas, como diarreias e a consequente desidratação, além das sarnas – que são causadas por um tipo de ácaro – e outras doenças de pele.
A época do ano pode influenciar: durante o inverno, os quadros respiratórios são mais frequentes com destaque para a cinomose. Durante as temperaturas mais altas, o parvovirus podem se espalhar mais facilmente, mas a grande maioria dessas doenças pode aparecer independentemente da sazonalidade. “Geralmente os animais de linhagem mais apurada são mais acometidos, não dependendo da raça. Em relação à idade, sempre os mais novos sem imunização adequada, e os idosos, correm maior risco”, explica o veterinário.
Mas são raras ocorrências de transmissão interespécie, entre cães e gatos. “Quando ocorrem, são doenças respiratórias, herpes, e infecções causadas pela Bordetella bronchiseptica, bactéria que causa um tipo de bronquite com tosse seca. Parece que seu pet engasgou com uma espinha de peixe na garganta, e está tentando se livrar dela”. Em raríssimas condições, podemos citar quadro infeccioso por rabdovírus, causador da raiva, transmitida por contato com salivas de animais infectados. Mas a ocorrência felizmente é difícil, pois existe um trabalho consistente de prevenção nos órgãos de saúde pública”.
A lição mais importante é que, apesar de todos esses nomes e sintomas assustadores, praticamente todas as possíveis doenças que podem acometer seu pet são evitáveis cuidando do seu animal com higiene, mantendo seu local de maior permanência limpo e seco, além de garantir que suas vacinas estejam em dia.
Também evite que seu pet permaneça em canis com grandes quantidades de animais e pouca manutenção e higiene. Observe seu animal e preste atenção em sua rotina. Caso algo pareça fora do normal, não hesite e agende uma consulta.