Por que há tantos impostos no alimento para animais no Brasil?

Você sabia que hoje, no Brasil, já existe mais de um animal de estimação por residência?

É isso mesmo. Estatisticamente, há 1,6 pet para cada residência, de acordo com números da Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação e do IBGE. Ou seja, já não há mais dúvida de que nossos melhores amigos são mesmo considerados parte da família. E ninguém discorda que garantir saúde e felicidade desses companheiros é uma prioridade, certo?

E uma parte essencial disso tudo é oferecer uma alimentação adequada e balanceada, o que torna o alimento para animais, o pet food, um item fundamental nas prateleiras dos pet shops e supermercados.

No entanto, o alimento para pets ainda é considerado um bem supérfluo no Brasil, diferente dos itens que fazem parte da alimentação usual nas regiões do país.

Como resultado, cerca de 50% do preço final dos alimentos para animais é composto de impostos como ICMS, IPI e PIS/COFINS, tornando-os mais caros para os consumidores brasileiros em comparação com outros países.

Para se ter uma ideia, enquanto a média mundial de tributação sobre esses produtos é de 18%, aqui, a cada um real investido, cerca de cinquenta centavos são destinados aos impostos. Ou seja, metade do preço do alimento para pets nas prateleiras é composto de impostos.

Consequências da alta carga tributária

De acordo a Abinpet, essa tributação excessiva afeta diretamente a demanda interna por pet food. No final das contas, embora o Brasil seja um grande exportador desses produtos, a demanda doméstica não atinge seu potencial devido aos preços elevados.

Para a associação, a revisão na carga tributária é essencial não apenas para que o pet food seja mais acessível, mas também para promover o bem-estar dos nossos companheiros peludos.

Um dos motivos é que o alimento para animais de estimação é feito com base em critérios nutricionais baseados em pesquisas acadêmicas, e atendendo a padrões internacionais de qualidade. Além disso, a simples oferta de sobras da alimentação humana, por exemplo, sem orientação de um médico-veterinário, pode resultar em problemas de saúde em nossos bichinhos.

Na dúvida, não arrisque:

  • consulte sempre um profissional de saúde animal de confiança,
  • escolha o alimento que mais se enquadre na idade, porte e necessidade nutricional do seu pet,
  • e aproveitem a companhia!
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