Peixe-palhaço: pet estrela de Hollywood

Quando a animação “Procurando Nemo” foi lançada, em 2003, logo a história do peixe-pai (Marlin) em busca do peixinho-filho perdido (Nemo) virou uma paixão global e, assim, o peixe-palhaço foi apresentado ao mundo.

Eles são do jeitinho que o filme mostra: uma pintura fluorescente com tonalidades de laranja misturadas a faixas brancas contornadas de preto. Também chamados de clownfish ou anemonefish, têm entre 5 e 13 cm de comprimento e podem viver até os cinco anos de idade.

O “palhaço” em seu nome faz referência à sua aparência colorida e brilhante e ao seu comportamento engraçadinho, com seu nado um tanto quanto desengonçado, que não traça uma linha reta.

A característica mais marcante destes peixinhos é sua relação mutuamente benéfica com as anêmonas – relação, esta, chamada de protocooperação. Várias espécies de peixe-palhaço podem viver juntas em uma única anêmona. Desta forma, os peixes têm um espaço seguro para viver e desovar suas crias enquanto se alimentam de parasitas e afugentam os predadores das anêmonas.

Quando criados domesticamente, estes peixinhos devem viver em aquários de, no mínimo, 75 litros de capacidade. A temperatura da água deve ficar por volta dos 26°C e seu pH entre 8.0 e 9.0. Porém, só adquira seu(s) espécime(s) em lojas especializadas e com credibilidade reconhecida para a venda destes animais – e depois de receber orientação de um profissional especialista, claro.

Fato curioso: um estudo feito em Omã, no Oriente Médio, constatou que as larvinhas do peixe-palhaço – ou seja, quando eles ainda são “projeto de gente” –, chegam a viajar 400 km de distância debaixo d’água. Pesquisadores afirmam que estas viagens migratórias servem para evitar o acasalamento entre parentes (e o consequente enfraquecimento da espécie) e para colonizar novos habitats.

Depois dessa, podiam trocar o nome do peixe-palhaço para peixe-maratonista, né?

 

 

Por: Paula Soncela
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