Mora em apartamento? Confira estratégias para adaptação do seu cachorro

A verticalização das cidades é um problema que aflige cada vez mais as capitais dos estados e metrópoles. Construir prédios, com apartamentos cada vez menores, tem sido a solução adotada para a demanda de moradia. Porém, se o número nascimentos vem caindo no Brasil, o número de pets adotados, principalmente a partir da pandemia, vem crescendo e não parece que essa tendência vai diminuir. Dado esse cenário, surgem as dúvidas: o que fazer para que seu cachorro se adapte ao apartamento? Existem raças ideais para estas moradias?

“Antes de adotar ou comprar um pet, todos da família precisam estar de acordo e a casa deve ser adaptada previamente para receber o pet. Se for filhote, aconselho que deixe fora de alcance do animal qualquer coisa que ele possa destruir e/ ou ingerir, especialmente o que puder colocar sua vida em risco. Escolher um local diferente para as necessidades, descansar e se alimentar é essencial pro bem-estar.  Nada de colocar a cama ou potes ao lado de onde ele fará xixi e cocô!”, afirma Jade Petronilho, médica-veterinária e jornalista.

Aliado a isso, comprar os itens básicos como ração, potes, cama e telar a casa contribui para que o processo seja mais tranquilo e menos improvisado.

Petronilho ressalta que algumas raças são menos enérgicas e mais voltadas para serem cães de companhia, o que pode fazer com que sejam mais facilmente adaptáveis a um local pequeno. “Eu acredito que qualquer cão possa morar em apartamento, desde que a família seja responsável e siga uma rotina pensando no seu bem-estar e qualidade de vida. Não adianta colocar um cão super ativo num apartamento, e então esperar que ele seja feliz fazendo absolutamente nada o dia todo.”

A médica-veterinária também destaca que cães de médio e grande porte podem viver em apartamento, mas as pessoas precisam ter consciência a respeito das demandas naturais de cada pet. Cachorros de porte grande e médio precisam fazer atividades físicas intensas e também atividades mentais para se sentirem satisfeitos como espécie.  É preciso uma rotina de passeios, treinos, brincadeiras para que isso dê certo. “Cachorro ocioso é cachorro infeliz, e cachorro infeliz sempre vira um problema para os responsáveis”, afirma Petronilho.

Por menor que seja o espaço, é sempre possível fazer uma atividade mental, como esconder petiscos ou brinquedos, oferecer mordedores, rechear produtos… Quando o prédio não tem um espaço pet, procure o auxílio de creches caninas, por exemplo, e se não tiver como passear sempre com seu cão, contrate um passeador.

“Os cães são altamente adaptáveis e resilientes, mas temos que ter em mente que somos nós que escolhemos trazê-los para nossas casas e nosso convívio, por isso é nosso dever oferecer tudo o que eles precisam para que vivam de uma forma boa e saudável”, encerra a médica-veterinária.

 

Veja Também