Tratar Parkinson com pets traz resultados surpreendentes

Tratar doentes de Parkinson com a ajuda de pets tem mostrado resultados surpreendentes. O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada pela diminuição intensa da produção de dopamina, um neurotransmissor que auxilia na troca de mensagens entre as células nervosas. A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros, segundo a Sociedade Brasileira de Neurologia.

A chamada Terapia Assistida por Animais (TAA), feita principalmente com cães, tem melhorado muito a qualidade de vida dos pacientes, afirma Silvana Fedeli Prado, psicanalista e superintendente da ONG Patas Therapeutas.

Os pets viram protagonistas da terapia porque ajudam em muitos casos a reestabelecer nos doentes condições fundamentais, como o equilíbrio motor e a articulação das mãos. Silvana relata casos de exercícios em pacientes caminhando com os cachorrinhos pelo meio fio e que mostram melhora significativa no equilíbrio. “Parece que o cãozinho funciona como um suporte, só que um suporte vivo”, destaca.

Outra situação em que se observa melhora na terapia é quando há rigidez nos músculos das mãos. Os exercícios de estimular o paciente a segurar um petisco e oferecê-lo ao cão acabam diminuindo essa rigidez, fazendo com que o doente de Parkinson volte a poder abrir as mãos e segurar com um pouco mais de firmeza.

Há casos de terapia também em que a presença de gatos é bastante benéfica, embora, como ressalta Silvana, estes sejam aproveitados para atividades mais passivas, como segurar no colo e fazer carícias.

Está provado cientificamente que a simples convivência com esses bichinhos acarreta uma série de benefícios fisiológicos, pois faz com que o ser humano libere substâncias como a própria dopamina, a endorfina (que dá a sensação de bem-estar e conforto), a oxitocina (conhecido por “hormônio do amor” produz sensação de apego e empatia entre as pessoas) e a diminuição de cortisol (que quando está presente em altas quantidades no sangue pode ser responsável pela diminuição da testosterona, perda de massa muscular, aumento de peso, lapsos de memória, estresse, etc.).

Ao lado de medicamentos, da fisioterapia e de outras formas de tratamento, a presença dos pets proporciona mais autoestima, menos ansiedade e mais esperança para os pacientes.

Da Redação
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