A Corn Snake não é o mais puro creme do milho, mas sim o nome que os colonos europeus resolveram dar para as cobras que encontravam nas plantações deste grão na América do Norte. Eles achavam que elas comiam os seus milhos e mal sabiam que, na verdade, elas ajudavam na manutenção do plantio ao se alimentarem dos ratos, os verdadeiros “predadores” dos grãos.
A espécie é comumente encontrada em florestas caducifólias, encostas rochosas e áreas agrícolas do sul dos Estados Unidos, onde predomina o clima temperado. No entanto, as Corn Snakes conseguem tolerar bem nosso clima tropical também.
Elas vivem, em média, de 15 a 20 anos e podem atingir até 1,5 metros de comprimento. São quase 20 classificações de cor, sendo que a maioria é encontrada na forma clássica, apresentando uma coloração alaranjada com manchas vermelhas contornadas de preto.
Alimentação
“A Corn Snake deve ser mantida em temperatura ideal para sua digestão. Quando filhote, até 20 semanas de idade, alimentar a cada cinco ou sete dias. Se ela estiver saudável, deve digerir e defecar após três dias da ingestão da presa. Corn adultas devem ser alimentadas a cada 15 dias e o tutor deve sempre fornecer alimentos de acordo com o diâmetro da cobra”, explica Erika Hayashi, médica veterinária especializada em animais silvestres e pets exóticos, da empresa Paraíso Silvestre, que realiza atendimentos em domicílio na Grande São Paulo e no interior do estado.
A alimentação da Corn Snake pode variar ente alimentos mortos e vivos. “Pode ser fornecido alimento congelado, contanto que ele esteja na temperatura adequada para a Corn – ou seja, não dar gelado e nem quente demais. Se for alimentá-la com presa viva, fique atento para que a presa não machuque a cobra. Geralmente, Corn Snakes comem roedores, como os camundongos. Lembrando que os camundongos devem sempre ser adquiridos de criadouro confiável para, assim, não contaminar sua Corn com possíveis parasitas”, orienta a especialista.
Recinto e habitat
Seu terrário deve ter capacidade de, pelo menos, 90 litros e ser um local de “segurança máxima”, já que as Corn Snakes são conhecidas pela habilidade de escapar. Também é importante prover esconderijos para que sua Corn possa se refugiar. O substrato – que pode ser natural ou sintético – deve ser sempre limpo para evitar o surgimento de fungos e bactérias.
A temperatura do terrário deve ficar entre 25°C e 28°C e, independentemente do método de aquecimento que seja utilizado (tapetes, pedras ou lâmpadas), é importante proteger estes objetos do contato com a cobra para evitar que ela se queime. Também deixe sempre disponível, na parte mais fria do terrário, um recipiente com água fresca e filtrada para sua Corn se hidratar e se refrescar – e é completamente normal se você encontrá-la dentro do pote de água.
Anormalidades e legislação
Assim como acontece os outros bichinhos, se você notar que algo não vai bem com sua Corn Snake, procure um especialista. “Qualquer anormalidade, como dificuldade na troca da pele, frequência da defecação ou alteração de apetite, leve o animal a um veterinário especializado em animais exóticos”, indica Dra. Erika.
E sempre fiquem atentos à legislação do nosso país no que se refere ao mundo animal. “Corn snakes são considerados animais exóticos (animais que não são da nossa fauna nativa, ou seja, do Brasil), não sendo permitida a venda e criação em nosso território nacional, conforme ARTIGO 31 da Portaria do IBAMA N° 93/1998, de 07 de julho de 1998”, esclarece a especialista.