Como saber se a queda de pelos em cães e gatos está fora do normal

Durante a escovação ou a limpeza da casa, você percebeu que o seu pet está soltando muito pelo. Será que há algo de errado com a saúde dele?

Antes de mais nada, não se preocupe, principalmente se este é seu primeiro animal de estimação. Pets, assim como humanos, são suscetíveis à queda de pelo (ou cabelo), porém algumas raças de cães e gatos, por exemplo, possuem características particulares ligadas à genética. 

Animais de pelo longo costumam ter duas trocas anuais, antes do início do inverno e pouco antes do verão, já nos pets de pelo curto, essa troca é mais singela.

A queda de pelo, mesmo com diferença entre cães e gatos, faz parte do ciclo metabólico do animal. Dessa forma, ao menos que esse fato prejudique a cobertura da pele ou esteja associada a lesões, não há motivos para preocupação. 

Quando se preocupar?

Quedas mais constantes, áreas mais ralas ou até mesmo falhas no pelo devem ser motivos de preocupação. Podem ser indícios de alguma doença. Em situações como essas, é fácil identificar áreas de coloração diferentes, lesões, feridas ou prurido (coceira). 

Na dúvida, consulte sempre seu médico-veterinário de confiança. 

Parasitas e infecções da pele

Doenças ligadas a parasitas, como pulgas, carrapatos, sarna e fungos, podem induzir a queda anormal. A pele úmida é o ambiente perfeito para infecções, que além de causar coceira e incômodo, pode levar ao aumento da mastigação do pêlo pelo animal.

Estresse

Outro fator que pode agravar a queda, assim como a queda de cabelos em nós, humanos, é o estresse. Mudanças bruscas de rotina, solidão ou a introdução de novos pets ou pessoas ao ambiente que animal se encontra, potencializa a perda de pelos. Os animais de estimação com altos níveis de ansiedade de separação podem lamber mechas de pelo das suas pernas (dermatite acral de lambida), e a lambedura excessiva pode quebrar a pele e levar a infecções cutâneas.

Alergia

As alergias geralmente afetam a pele e os ouvidos, fazendo o pet arranhar ou roer o próprio pelo. Além de alguns alimentos, os animais de estimação podem ser sensíveis ao seguinte:

Inalantes – pólen, fumaça de tabaco, perfume (especialmente encontrado em areia de gato).

Contato com a pele – carpetes, gramados ou varandas quimicamente tratadas.

Nutrição pobre

O pelo do animal de estimação requer um fornecimento contínuo de nutrientes essenciais para que possa permanecer ancorado nos folículos pilosos, e uma dieta com deficiência de nutrientes pode causar a descamação e perda de força nos pelos, gerando a queda por consequência. 

O ômega 6, a biotina e o zinco são alguns nutrientes essenciais para a manutenção da saúde dos pelos dos pets, mas para oferecer uma uma dieta balanceada e nutritiva, a orientação de um profissional é essencial.

Você acha que seu melhor amigo pode estar passando por algum desses quadros? De forma geral, a queda acentuada de pelos não constitui emergência – mas, se quem ficou com a pulga atrás da orelha foi você, marque uma consulta para seu pet! 

Fonte: Columbia Veterinary Emergency Trauma & Speciality

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