Tartaruga, iguana, lagarto, cobra… Os répteis vêm ganhando o coração dos amantes de animais de estimação que procuram um pet diferente e exótico. Mas como sua casa deve ser organizada para que eles se sintam bem? Esses bichinhos precisam de cuidados especiais, além de bastante espaço. Afinal, répteis que são manejados de forma indevida ou vivem em espaços inadequados podem mostrar sinais de estresse e de agressividade.
Antes de tudo, é preciso saber a procedência do bichinho, que deve vir de um criador legalizado. Para obter um réptil, é preciso ter a licença adequada, certificada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e levar em conta que nem todas as espécies são autorizadas pelo órgão. Veja aqui como fazer isso.
Depois da compra legalizada, o primeiro passo para ajustar sua casa é se informar sobre a espécie escolhida, já que os animais precisam de diferentes cuidados e espaços. O terrário deve ser adaptado à espécie, assim como o aquecimento e a iluminação necessários. “O pior erro é não ter tudo que o animal precisa antes de levá-lo pra casa. Compre o terrário, as lâmpadas e o alimento antes de ir buscar o animal. Estude sobre a espécie do réptil que está adquirindo, como seus hábitos e suas características. E sempre tenha o telefone de um veterinário de silvestres, pois emergências podem acontecer.” indica Thalita Queté, médica-veterinária especializada em animais silvestres e exóticos do Centro Veterinário Queté.
Manter a umidade ideal para esses pets também é essencial para que o seu metabolismo funcione corretamente e o animal possa viver sem estresse. Para cuidar da segurança do bichinho, o ambiente dele deve ser livre de produtos tóxicos, sem fios de energia pendurados de fácil acesso para o animal morder, e com materiais de substratos compatíveis com a espécie.
Não esqueça que mesmo os répteis mais saudáveis podem transmitir doenças, portanto, o cuidado com a higiene é essencial. O terrário do pet deve estar sempre limpo e o tutor deve lavar as mãos ao manusear o bicho.
Alguma criança vai conviver com o pet? Elas devem ser orientadas a não colocar a mão na boca durante o contato, que deve ser sempre supervisionado e orientado por um adulto. “Dependendo da idade, as crianças não tem noção de como devem segurar e até mesmo fazer carinho. Mas, tendo uma boa orientação, tudo se torna mais fácil”, explica a veterinária. A especialista ressalta ainda que os répteis nem sempre vivem bem com outros pets, portanto é preciso também refletir sobre esse convívio antes de levar seu animalzinho para casa.