Seu pet pode não saber falar. Mas quanto mais tempo o dono passa com seu companheiro, mais ele acaba aprendendo tudo sobre seu animal. Qual a sua rotina, seus principais hábitos e também se o animalzinho pode estar doente.
Ao falarmos em hamsters, um dos principais sintomas que o animal está mal é quando ele não se alimenta direito. O médico-veterinário José Manuel Pedreira Mouriño, do centro veterinário Pet Place, explica. “Falta de apetite em pequenos roedores é sempre um problema. Caso seja difícil ver quando o animal come, o segredo é observar a quantidade e aspecto das fezes, isso ajuda muito”. Outras mudanças de comportamento podem ajudar neste departamento: “o grau de atividade, agressividade, forma e locais de urinar sempre chamam a atenção”.
Não é só o comportamento do bichinho que pode ser alterado. Ele também pode passar por mudanças físicas. Ganho ou perda de peso são preocupantes, assim como falhas na pelagem e aumento no volume. Como são roedores, os dentes são partes importantes do corpo nos hamsters. Segundo José Manuel, “o tamanho dos dentes incisivos e sua cor devem sim ser observados pelos donos. Os dentes dos roedores crescem a vida toda e o desgaste é fundamental. Animais que tenham má oclusão dentária ou falta de substrato para roer e gastar esses dentes sempre levam a problemas graves, pois o animal não consegue comer. Devemos lembrar que os molares não são visíveis, mas podem causar problemas”.
Assim que notar algum destes sintomas em seu pet, o dono deve levá-lo a uma clínica veterinária especializada no atendimento de roedores. “O metabolismo desses animais é muito acelerado, e o pronto atendimento é fundamental para o sucesso dos tratamentos”. Já para evitar que o hamster fique doente, José Manuel recomenda, além de visitas frequentes ao médico-veterinário, água fresca e espaço para se exercitar. “Uma dieta bem variada ajuda muito na longevidade. O interessante é usar sempre dietas ricas em antioxidantes naturais e muitos polifenóis para diminuir a taxa de envelhecimento”, finaliza.