A luz é essencial para a maioria dos seres vivos. Nos aquários, ela também desempenha importantes funções, e os interessados em montar o seu próprio em casa devem ir um pouquinho além nesta questão, dependendo do tipo de aquário que gostariam de ter.
Se o dono optar por peixinhos de água doce, deve também se decidir se eles terão a companhia de algumas plantinhas no aquário. Caso seja esta a combinação desejada, é imprescindível a iluminação adequada, como esclarece Renato Leite Leonardo, médico-veterinário especializado em clínica médica e cirúrgica de animais silvestres e exóticos, responsável pela empresa Doctorfish, em São Paulo. “A iluminação no aquário de água doce é responsável pela fotossíntese destas plantas. Elas necessitam de luz para poder crescer e sobreviver dentro do aquário”.
Para os animais em si, a luz tem uma outra função. “No caso dos peixes, é uma questão puramente estética. A iluminação irá realçar sua coloração e não tem implicações diretas na saúde do animal”.
Ao comprar seu aquário, o proprietário deve conversar com o lojista especializado sobre a iluminação correta para o seu. Grande parte das escolhas envolvendo esta iluminação será similar às luzes que temos em casa. “Devemos levar em consideração o consumo, durabilidade, coloração, qualidade, valor, entre outros”, explica ele.
Os tipos mais utilizados para iluminação em aquário doce são:
– Lâmpadas próprias para aquários (Aqua-glo, Gro-lux, Aquarilux, Flora-Glo)
Lâmpadas desenvolvidas especialmente para aquários, ou seja, possuem um espectro luminoso ideal para fotossíntese das plantas e realçam a cor dos peixes. Costumam ter um preço mais elevado do que as fluorescentes comuns, e cabe ao proprietário decidir se pode fazer este investimento inicial ou não.
Entre os exemplares mais comuns estão a SUN-GLO, que oferece uma iluminação semelhante à luz solar, branca, refrescante e natural; a AQUA-GLO, emitindo uma luz do espectro luminoso azul e vermelho, e a FLORA-GLO, de tom mais rosado.
– Lâmpadas fluorescentes comuns
As lâmpadas fluorescentes comuns podem ser encontradas no popular formato de tubo e também em formatos compactos, permitindo sua instalação em aquários estreitos ou carentes de espaço para iluminação.
Já as lâmpadas incandescentes não são apropriadas. Segundo Renato, “além de ter um consumo maior, esteticamente não são tão bonitas e esquentam demais, deixando o ambiente aquático mais quente. Podem interferir na saúde do peixe”, alerta.
Após a instalação da iluminação, o dono deve checar o tempo de luz que irá proporcionar a seus peixes e plantinhas. O excesso de luminosidade pode ser ruim para eles, além de alterar alguns parâmetros da água, como seu pH, por exemplo. Renato recomenda que o aquário tenha entre 8 e 10 horas de luz por dia. “Um timer pode ajudar a controlar este elemento, para quem passa muito tempo fora de casa”, ressalta.
Algumas espécies comuns de água doce têm hábitos noturnos, como o Pintado. Eles podem acabar sendo afetados por uma iluminação incorreta. De acordo com o especialista, “um aquário com luz direta durante o dia todo pode impedir o desenvolvimento destas espécies, que não saem para se alimentar e caçar com a luz.”