Anacã: cores exuberantes na nossa Amazônia

De plumagem vermelha, azul e verde vivas, o Anacã chama atenção logo de cara. Conhecida também como Curica-bacabal e Papagaio-de-coleira, a coloridíssima ave é típica das florestas úmidas da Amazônia. Segundo o médico veterinário Alessandro Bijjeni, proprietário da Exotic Pets Clínica Veterinária, especializada no atendimento de animais silvestres e exóticos, uma das subespécies do Anacã pode ser encontrada no sul do Rio Amazonas, do estado do Pará ao norte do Mato Grosso. Já a outra subespécie fica também pela região amazônica, pegando o norte do Brasil e nossos vizinhos da América do Sul, como Colômbia, Venezuela, Guiana e partes do Peru.

O Anacã tem o nome científico de Deroptyus accipitrinus, que significa “ave com cocar eriçado como um falcão”. Não precisa ficar assustado. A descrição é por conta da aparência que a ave assume quando se sente ameaçada. As penas coloridas do pescoço e o cocar levantam e formam um grande, imponente e lindo leque.

A ave é do tipo psitacídeo, de médio porte, com aproximadamente 35 centímetros de comprimento, sendo a fêmea um pouco maior que o macho. Ela gosta de se alimentar, principalmente, de frutas de palmeiras e sementes. Também adora os cocos de bacaba e das embaúbas, além de frutas silvestres. No período reprodutivo, procura buracos de árvores mortas para estabelecer seus ninhos. Chega, inclusive, a reaproveitar os buracos construídos por outra ave, o pica-pau, como futuro lar de seus filhotes.

Se está com vontade de ter uma ave companheira em seu lar, os Anacãs podem se tornar ótimos pets; principalmente quando adquiridos ainda filhotes. “Como a maioria dos psitacídeos, devem receber atenção especial e manejo constante, facilitando o processo de socialização”, alerta Alessandro.

Na hora de comprar um, é preciso ter cuidado extra com a documentação. Como qualquer ave silvestre (oriunda da nossa fauna), existe a necessidade de documentação especial. Alessandro dá as recomendações: “o Anacã deve ser adquirido de alguma loja credenciada ou direto de criador comercial devidamente regulamentado. Vale lembrar que o animal deve possuir marcação individual (anilha e/ou microchip e nota fiscal contendo todos os dados do animal e proprietário)”.

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Da Redação
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