Aparentemente simples e silencioso, um pequeno aquário pode até parecer um mero item de decoração para muitas pessoas. Porém, a “dança” dos peixinhos ornamentais e todos os elementos que compõem um pequeno lar aquático jamais passarão despercebidos pelo nível inconsciente da sua mente.
O aquarismo é uma prática milenar que se desenvolveu no Japão e na China por volta do século X e que, posteriormente, se expandiu para a Europa e países americanos, como o Brasil. Os peixes ornamentais são assim denominados por conta de suas cores diversificadas e chamativas e da facilidade de criá-los em cativeiro.
Segundo pesquisadores, ter um aquário com peixes ornamentais em casa pode aumentar a qualidade de vida das pessoas. Além de ser um excelente aliado pra ampliar os horizontes na educação das crianças, o aquarismo ou a simples observação do movimento dos animais e da vegetação pode reduzir a pressão sanguínea, os níveis de estresse e ansiedade em adultos e proporcionar melhorias no bem-estar físico e psíquico de idosos – se tornando até uma alternativa auxiliar no tratamento de doenças como o Parkinson.
Inclusive, já existe uma vertente terapêutica que chamada aquarioterapia, que é baseada nesta contemplação da beleza e harmonia da vida dos peixinhos. De acordo com estudos da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, pacientes com Alzheimer que foram expostos à aquarioterapia, observando tanques de peixes coloridos e corais brilhantes, tiveram seus comportamentos agressivos e surtos psicológicos amenizados, enquanto os hábitos alimentares melhoraram.
A própria “decoração” de ambientes hospitalares e consultórios médicos com aquários e peixes ornamentais é parte de um processo de humanização destes locais, fazendo com que eles se tornem “healing environments” – isto é, “ambientes de cura”. Esta humanização do ambiente ajuda na redução do nível de estresse dos pacientes e até na melhora da capacidade de recuperação das pessoas. Sensacional, não?
Agora, é possível que seus olhos enxerguem o aquário com a mesma complexidade da “visão” da sua psiquê, não é mesmo?