Características e curiosidades dos peixes Danios

Se tem um peixinho comum nos aquários mundo afora são os Danios. Trata-se de um gênero da família dos Ciprinídeos, a maior entre os peixes de água doce e composta também por Carpas, Zebra, Neón, entre outros.

Na natureza, os Danios são encontrados no sudeste da Ásia, principalmente no Himalaia. São animais que se adaptam para viver bem em diversos habitats, mas ficam especialmente nos campos de arroz desta região. Esta é a origem, inclusive, de seu nome; em bengali, língua local, “danio” significa “proveniente do arrozal”.

No Brasil, as espécies de Danio mais comuns são o Danio Leopardo, o Danio Gigante, Glowlight, e, o mais famoso de todos, o Paulistinha. A médica-veterinária Bruna Tiemy Miagawa dá mais detalhes desta espécie: “ela é facilmente reconhecido pelos aquaristas por conta de seu formato de torpedo, comprido, e sua cor, que varia entre prata e dourado. Além disso, seu corpo é listrado, com cinco listras que vão das brânquias à cauda. Estas listras tendem para um azulado e algumas variações de roxo.”

O tamanho e expectativa de vida dos Danios variam de espécie para espécie. Porém, em média, um peixe desta família vive de três a cinco anos. São bons peixes para a maioria de aquários, e recomendados fortemente para novatos no universo do aquarismo, tentando montar seu primeiro aquário. Bruna explica que os Danios são muito resistentes. “Eles aguentam uma variedade de temperatura e pH muito grande. A espécie Paulistinha, por exemplo, aguenta uma temperatura entre 18 e 24ºC; uma amplitude muito grande. O pH pode variar de 6,5 (levemente ácido) a 8 (bem básico). Como os novatos estão aprendendo a lidar ainda com os parâmetros da água, são peixes que não vão sofrer com isto.”

O Danio gosta de viver em cardume. Bruna diz que a recomendação é de “ao menos cinco em um mesmo aquário, para poderem interagir um com o outro. Além de ser bonito de ver a movimentação sincronizada”. Extremamente pacíficos, eles podem ser colocados também em aquários juntamente com outras espécies.

Além disso, estes peixes são pouco suscetíveis a doenças. Entre as que podem acometer os animaizinhos, estão alguns tipos de fungos, que atacam as escamas e nadadeiras, além da micobacteriose e, a mais conhecida, Doença do Veludo.

Assim como outros peixes, Bruna recomenda deixar o Danio em quarentena antes de introduzir no aquário, para acompanhar neste período se ele não desenvolve nenhuma doença. Além de sempre manter o controle da água, para evitar que haja muita matéria orgânica nela, fazendo as trocas parciais da água. Sempre que aparecer uma alteração no pet, o ideal é deixar o animal separado do restante, em um aquário à parte, para levar a um médico-veterinário especialista.

Uma curiosidade sobre estes peixinhos é que eles são importantíssimos para a ciência. O Danio foi um dos primeiros invertebrados a ser clonado e, como possui um desenvolvimento embrionário rápido, com um embrião transparente, os cientistas o utilizam para entender este processo e a teoria evolutiva em si. E não para por aí. Com um DNA 70% compatível com o do humano, os Danios podem ajudar até mesmo no tratamento de várias doenças que ainda não conhecemos a cura!

Da Redação
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