Em países como Estados Unidos e Canadá, adotar cobras já é algo comum. No Brasil, esse prática vem crescendo nos últimos 20 anos e, importante destacar, as cobras comercializadas e criadas para vivência doméstica não são peçonhentas.
Ufa! Porém, os interessados em adotar devem se preparar para cuidar do animal. “Ao escolher adotar uma cobra, é necessário se informar sobre a espécie escolhida, como suas principais características, como manejá-la, sua biologia, a dieta mais adequada, o ambiente correto com iluminação, aquecimento entre outros detalhes. Além disso, é importante ter certeza de que se está adquirindo o animal de um criador legalizado”, afirma o médico-veterinário especializado em animais silvestres Rafael Fernandes.
Ele aconselha que o interessado procure um veterinário especializado para entender mais sobre a espécie que deseja adotar e, principalmente como fazer o manejo correto do animal. “O manejo inadequado das cobras, e quando digo manejo, é toda a estrutura e ambiente montados para a vivência do animal, pode levar a problemas com a ecdise (troca de pele), devido à umidade inadequada para a sobrevivência do animal. Isso pode gerar infecções secundárias, como pneumonia”, explica Fernandes.
Cobras são animais carnívoros, logo, muitos donos tendem a dar a presa viva para a cobra, porém, não necessariamente isso estimulará a cobra a comê-la imediatamente. Esse cenário pode gerar um confronto entre presa e predador e a cobra pode vir a ter algum tipo de machucado ou lesão que não fique aparente. Por isso, Fernandes recomenda dar a presa já abatida, para evitar confrontos entre os animais, e preservar o equilíbrio do ambiente criado.
“Os cuidados básicos para ter esse animal são grandes, então, é preciso ter um conhecimento abrangente para criar as condições necessárias para o manejo e saúde destes animais”, encerra Fernandes.