Queda de edifícios, terremotos, pessoas perdidas em matas, trilhas ou montanhas. Durante trabalhos de resgate, observamos o trabalho incansável de equipes de resgate e, muitas vezes, são acompanhadas por cachorros. Além de um faro aguçado, inúmeras características dos cães podem auxiliar o ser humano em diversas situações.
Inteligentes, leais e ativos, as raças mais comuns que dão suporte em situações de resgate são Labrador, Pastor Alemão, Pastor de Malinois e Border Collie, explica o tenente coronel do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina Walter Parizotto, que é coordenador da Subcomissão de Cães de Busca e Resgate da Confederação Brasileira de Cinofilia, entidade parceira da Campanha Criador Legal da Abinpet.
Treinamento
O primeiro passo é a seleção dos pais. “Buscamos pais com aptidão para o trabalho, que consigam acompanhar o treinamento e acompanhamento da jornada do cão nessa missão. Na segunda semana de vida do filhote já começamos o treinamento, que dura até os 18 meses de vida do cachorro” explica Parizotto.
Assim como damos recompensas aos nossos cães de estimação por terem feito xixi no lugar certo, por exemplo, o treinamento desse cães não é muito diferente “Os treinos são à base de recompensa, e eles enxergam isso como uma brincadeira”, acrescenta o tenente coronel.
Depois do treinamento, há uma avaliação de aptidão do cachorro e, assim, já pode começar a auxiliar em trabalhos para o qual ele foi treinado.
Cão eficiente é cão bem tratado
Não existe uma raça específica para cada tipo de aptidão. O que vai mudar é o treinamento direcionado para cada situação. No entanto, existe algo que é igual para todos os tipos de treinamento: o cão trabalha bem quando está feliz, bem tratado, bem cuidado.
Um cão de resgate, por exemplo, busca alguém que nunca viu em um lugar onde nunca esteve em troca de interação. Se ele está feliz e bem cuidado, vai executar o serviço com qualidade. “Existe uma parceria fora do comum com esses cães e seus parceiros humanos. Para garantir seu bem-estar, os cães passam por consultas de rotina com médico veterinário, têm uma alimentação adequada à sua raça, brincam muito e se exercitam”, explica Parizotto.
Existe também uma recomendação para que o animal se aposente aos oito anos de idade. “Quem trabalha com cães ama os animais. Na nossa corporação, eles são membros da nossa equipe, nossa família. Zelamos e somos zelados por eles”, conclui Parizotto.