“Pepito is back home”. “Pepito is out”. O perfil de gato mais famoso do Twitter conta a saga de um bichano francês preto saindo e voltando de casa, com imagens de uma câmera de segurança que mostra uma saída na porta. Parece uma história boba, mas quase 57 mil pessoas o seguem na rede social e Pepito já foi matéria do Buzzfeed Brasil e da Vice (em inglês).
Quem nos ajuda a entender esse fenômeno da internet é Núbia Tavares, sócia da Joinus, agência especializada em redes sociais. Ela lembra que o Twitter é o grande disseminador de informações nas redes sociais. “O uso do Facebook e do Instagram é mais massivo, mas no Twitter as coisas acontecem em tempo real. As notícias pipocam primeiro e é onde são criadas as tendências que depois são compartilhadas nas demais redes”, afirma.
Pépito is out (06:26:24) pic.twitter.com/3QoaqaEKc3
— Pépito (@PepitoTheCat) 17 de janeiro de 2018
Pépito is back home (06:53:26) pic.twitter.com/lYdhApZ42f
— Pépito (@PepitoTheCat) 17 de janeiro de 2018
Núbia lembra que o público do Twitter é jovem, militante e usa a rede como segunda tela comentando o que ocorre na televisão. “Sexo, televisão e animais dão muita audiência. Perfil de animal em rede social virou tendência”, considera. No caso dos animais, a digital media lembra que eles têm personalidade e ganham vida própria na internet. “O Pepito, por exemplo, é uma bobagem. As pessoas gostam de ver coisas leves. A vida já é tão difícil vou ficar vendo ele entrando e saindo”, complementa, lembrando que o perfil é simples de ser entendido e não levanta polêmicas.
Além disso, Núbia aponta um aspecto psicológico. “Ele tem uma liberdade que a gente não tem. Pode entrar e sair de casa quando bem entende. E, como temos trabalho, compromissos, isso não é possível na vida real. Seguir o Pepito é uma maneira das pessoas terem essa liberdade”, considera.
