Muitas doenças existentes nos humanos se manifestam em cães e uma delas é o hipotireoidismo. “É uma doença de origem endocrinológica muito frequente nos pets, mas de diagnóstico mais complexo e que normalmente ocorre na maioria das vezes por exclusão de outras doenças que apresentam sintomas semelhantes”, explica o médico veterinário, Leonardo Giovanetti Neto.
A doença, segundo Giovanetti, ocorre devido à diminuição na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) que são secretados pela glândula tireóide. “Essa patologia tem, na maioria dos casos, uma causa genética predisponente ou a forma adquirida e costuma ocorrer em animais de meia a idades avançadas. “O hiptireoidismo exige um tratamento continuado ao longo da vida do seu pet através da reposição desses hormônios citados anteriormente T3 e T4”, afirma. “Uma vez diagnosticada é facilmente controlada com essa reposição dos hormônios”, garante o veterinário.
Giovanetti destaca alguns sinais clínicos que sugerem a enfermidade:
– Obesidade: animais obesos tendem a ter mais probabilidade de apresentar esses problemas, pois o excesso de peso pode ocorrer devido a falta de hormônio, o que irá provocar uma situação de sedentarismo no pet agravando ainda mais o quadro;
– Apatia: cães que mudam drasticamente de comportamento, onde eram hiperativos e passam a sentir indisposição para atividades que normalmente exerciam;
– Adelgaçamento da pele: normalmente podemos notar diminuição de espessura da pele, um aspecto mais quebradiço sujeito a muitas lesões e até hemorragias. Esses sintomas podem muitas vezes serem confundidos com outro problema hormonal chamado hiperadrecocorticismo;
– Animal friorento: muitos pets apresentam sintomas de intolerancia a baixas temperaturas até mesmo por terem alteração na espessura cutâneas;
– Aspecto de pele hipotérmica: temos a sensação de que o cão esteja sempre apresentando temperaturas abaixo das normais quando entramos em contato com a pele.
“O diagnóstico do hipotireoidismo baseia-se em dosagens séricas (exames de sangue) de hormônio tireoidianos (T3 e T4) e níveis de colesterol. Esses hormônios estarão sempre baixos e os níveis de colesterol aumentados”, explica Giovanetti. “Nesse caso apenas fazemos a reposição hormonal como forma de controle do problema e que se bem administrado tornará a vida do seu pet semelhante a um animal normal”.