Na alimentação dos gatos, os carboidratos têm menor importância, já que esses animais sintetizam a energia de que necessitam a partir de aminoácidos. Mas você já reparou que as rações industrializadas possuem referências a esses nutrientes? Isso acontece porque comer carboidratos em quantidades balanceadas pode melhorar o funcionamento do organismo dos felinos.
“O carboidrato não é tão importante na alimentação dos gatos porque eles não fornecem energia, o que é feito somente pelas proteínas”, diz o médico-veterinário Silvio R. dos Santos, da Animal Show. Ele explica que isso acontece porque o gato é um animal de caça, que originalmente se alimentava basicamente de carnes e, por isso, não digerem tão bem alimentos de origem vegetal.
O resultado desse histórico de caçador pode ser percebido no sistema digestivo dos gatos. No estômago, por exemplo, eles apresentam pH mais ácido, o que ajuda a processar a quantidade de proteínas que ingerem. O intestino, por sua vez, é relativamente curto, já que a digestão de carnes é mais rápida do que de vegetais crus. Essa característica também faz com que seja mais difícil para eles processar carboidratos complexos.
No ambiente doméstico, os carboidratos foram introduzidos à alimentação dos felinos, o que exige atenção dos tutores para manter uma dieta balanceada desses animais. “Como a ração seca tem mais quantidade de carboidratos do que proteínas, o ideal seria fornecer 50% de ração seca e 50% de ração úmida, que contém mais proteínas”, explica o veterinário.
E ele alerta para o risco de uma dieta que não respeite as exigências fisiológicas do animal. “O excesso de carboidratos na alimentação felina pode causar obesidade e formação de cálculos urinários, por isso, o ideal seria fornecer a mesma quantidade de ração seca e de ração úmida”, recomenda Santos.
Outra dica importante do veterinário é oferecer bastante água para os gatos, para manter a hidratação e no processamento dos nutrientes necessários.