Já parou pra pensar que nem todas as aves são pássaros? O fato de não chamarmos uma galinha de passarinho, por exemplo, não está só baseado em nossa intuição humana, mas, sim, em preceitos científicos que regem a classificação dos bichos.
Para entender mais sobre como os pets de pena são classificados, vamos por partes…
Quando um animal é classificado como ave?
Segundo Marta Brito Guimarães, médica veterinária especialista em animais silvestres da empresa de consultoria VetWings, de São Paulo, os principais critérios para classificar um animal como ave são:
a) Presença de penas;
b) Presença de bico;
c) Andar em duas patas – são bípedes;
d) Capacidade de voar (em alguns casos);
e) Botar ovos e chocar;
f) Apresentar sacos aéreos internos que auxiliam na respiração e as tornam mais leves para voar;
g) Apresentar ossos pneumáticos (aerados) que também as tornam mais leves.
Passeriforme e a ordem dos pássaros
“Para classificar uma ave em determinada ordem, são analisadas as características do órgão fonador chamado siringe. A formação e complexidade deste órgão é o que distingue uma ordem da outra”, esclarece a especialista.
A ordem Passeriforme é a que engloba os pássaros e a mais populosa das ordens, contendo mais da metade de todas as espécies de aves.
Porém, nem todos os animais passeriformes podem ser chamados de “passarinho” – como é o caso da gralha, que apesar de pertencer à ordem dos pássaros, não recebe o vocativo no diminutivo.
A cantoria
“Todos os pássaros possuem sua forma de canto, que é diferente entre o macho e a fêmea mesmo que sejam da mesma espécie. Nos machos é mais evidente pela beleza da melodia, pois tem a função de proteger o território e atrair as fêmeas para o acasalamento”, revela Dra. Marta.
Segundo a médica veterinária, de forma geral, os pássaros são canoros, mas algumas espécies como o Curió (Sporophila angolensis), o Canário (Serinus canaria) e o Picharro (Saltator similis) se destacam pelo seu canto melodioso.
Agora já dá pra ter um pouco mais de noção sobre como classificar os penudinhos que vemos por aí, né?
Por Paula Soncela