degu roedor

Degu, o sociável e curioso rato dos Andes

 

Se a Chinchila é um esquilo dos Andes, então o Degu é um ratinho andino. Por isso, não é raro criadores possuírem os dois animais no mesmo espaço – mas esta é uma prática que deve ser observada de perto, já que não são animais tão semelhantes assim. Com expectativa de vida entre cinco e oito anos, podendo chegar a 10, e com seu corpo e cauda chegando à média de 30 cm, os Degus são animais bastante sociáveis e podem se acostumar com a presença humana.

Ao contrário das Chinchilas, os Degus são animais de trato diurno (o que pode ser um dos problemas se os dois bichinhos dividirem o mesmo cativeiro) e convivem bem com outros animais de sua espécie. Em seu habitat natural, vivem em comunidade, cavando complexos sistemas de tocas como moradia. Caso deseje colocar mais de um na gaiola, dê preferência aos pares de mesmo sexo.

Os Degus são adestráveis, mas fique atento! Se não tiverem um cotidiano de exercícios e com chance de interação com os donos e/ou outros animais, podem se estressar, adotando comportamentos agressivos. Por serem bastante ativos, precisam de uma gaiola grande: para duplas, o tamanho mínimo deve ser de aproximadamente 61 cm x 46 cm x 61 cm. É importante que seja de material metálico, já que, se for de madeira, os Degus – como bons roedores – irão destruir a estrutura da gaiola inteirinha. A base de cada nível deve ser feita com plataformas ou tábuas planas e não em forma de grades, para evitar lesões nas patinhas do ratinho andino.

Vale dizer que, para o seu bem-estar e do bichinho, a gaiola precisa ser limpa, pelo menos, uma vez por semana. Como os Degus bebem muita água, em pouco tempo, você notará o odor característico do xixi. Para ajudar a controlar este cheiro e dar conforto ao animal, a gaiola deve ter em sua base lascas de madeira. Palha e feno de boa qualidade são importantes para que ele faça seu ninho e utilize também como alimento.

Cuidados gerais com o seu Degu

Rituais de beleza é com os Degus mesmo! Eles gostam de banhos regulares de areia, a fim de manter a pele e pelagem em boas condições. Para resolver esta questão, basta um prato raso com alguns centímetros de areia própria para banho – que pode ser encontrada em pet shops – duas vezes por semana, sendo que meia hora com o prato dentro da gaiola já é o suficiente para satisfazer o pet. Por serem provenientes de uma região de clima seco, evite molhar seu animal.

Na hora da alimentação é importante ter em mente que eles são propensos a diabetes, e seu metabolismo evoluiu para lidar com uma dieta rica em fibras vegetais e pobre em carboidratos. Evite frutas, devido ao seu elevado teor de açúcar. De vez em quando, você pode agradar seu pet com sementes, amendoins e nozes – mas é beeem ocasionalmente, mesmo, devido ao alto teor de óleos. A base para uma boa dieta é a combinação da ração de Chinchila ou do Porquinho-da-Índia. Feno de capim pode ficar disponível livremente para seu Degu e, para variar um pouco o cardápio, pode oferecer pequenas porções de batata-doce cozida e descascada, cenoura, brócolis e folhas verdes.

Atenção! Apesar de parecer muito bonitinho, em hipótese alguma pegue seu Degu pela cauda, pois ela pode se romper. Por isso, se o seu animalzinho ainda não é muito manso ou treinado, é preciso adestrá-lo. Como acontece com qualquer animal de estimação, este processo demanda paciência do dono. Comece oferecendo lanchinhos apropriados, como semente de girassol ou amendoim, para encorajá-lo a subir na sua mão. Uma vez acostumado com você, mesmo que ele esteja no seu colo, mantenha-o sempre sobre uma de suas mãos, pois ele pode saltar e se machucar, caso caia de uma altura muita alta para ele. Segure-o de maneira firme, mas sempre com delicadeza.

Quer um pet amigável, exótico e curioso? O Degu é ideal para você!

 

 

André Spera
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