Quais os riscos de deixar meu cão mini interagir com um maior?

Você sai para passear com o seu cão e, no meio do caminho, encontra um animal grande, cheio de energia e querendo interagir com o seu pequeno. Será que é preciso se preocupar? Deixar os dois brincarem pode ser um risco? Para Adriano Antunes, adestrador e comportamentalista da Cãoportado, antes de tomar qualquer atitude é preciso observar a postura dos dois.

 

“De modo geral, eu não vejo problema nenhum de um cachorro grande interagir com cães pequenos. Isso porque, normalmente, os grandes percebem que o outro é menor e não brincam com a mesma intensidade. Além disso, é muito comum que os cães menores imponham limites e regras aos maiores”, explica.

 

Para Antunes, o problema não costuma ser o tamanho do cão, mas como ele se aproxima e brinca com o outro. “Às vezes, os cães grandes são delicados nas brincadeiras, outros usam muito a pata, o que, dependendo do cachorro, pode lesionar o pequeno, mas nada grave”, explica.

 

Ele é responsável por um espaço que funciona como creche e hotel em Jundiaí, interior de São Paulo, e que costuma receber cães de tamanhos, idades e raças bem diferentes. A partir da sua experiência, Antunes diz que é preciso, primeiro, ficar atento ao comportamento de cada um: cães muito estabanados, eufóricos ou agressivos podem ter brincadeiras mais brutas e, daí, é preciso que o tutor do menor mantenha uma distância segura entre os dois.

 

“Os cães se comunicam por linguagem corporal, então, se eu aproximo um cão de pequeno porte e o grande se prostra, deita no chão, estende a pata e mostra uma postura de ‘vamos brincar’, não há problema nenhum em se aproximar”, diz o adestrador.

 

Com um pouco de atenção e sem muitas neuras, Antunes diz que é possível deixar seu cão de qualquer tamanho se divertir e fazer novos amigos. “Eles aprendem a se comunicar, a impor e respeitar os limites estabelecidos. Se um cachorro percebe que o outro é mais agressivo, ele tanto pode se afastar imediatamente e evitar o contato como pode responder de forma ativa. Por isso, o tutor precisa estar atento”, afirma.

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