espirro reverso

Espirro reverso: o que é?

Você já presenciou essa cena: seu cãozinho fazendo movimentos fortes e rítmicos de puxar o ar pelo nariz e/ou boca, emitindo um barulho alto e, às vezes, assustador? Ele fica estático, com o pescoço esticado, olhos arregalados e fazendo movimentos respiratórios intensos e rítmicos, puxando o ar para dentro? Se sim, fique tranquilo, isto se chama espirro reverso, ou seja, o reflexo de levar ar para dentro do pulmão a fim de remover produtos irritantes nas narinas e trato respiratório superior; explica Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care. Segundo Quinzani, o espirro reverso pode acontecer com qualquer cachorro e em qualquer fase da vida, mas é um pouco mais comum em animais de pequeno porte e que cheiram muito o ambiente no ato de farejar.

“A causa desse incômodo e/ou irritação, e, consequentemente, esforço para retirá-lo das ‘narinas’, é a presença de material estranho, como poeira, pequenos fragmentos que inalaram ou mesmo um odor mais forte e irritativo”, diz Quinzani. “Na maioria dos casos, esse movimento de puxar o ar remove o material estranho e, com isso, o cão para de fazer esforço. Em outros casos, quando não acontece a remoção, ou mesmo se a causa é irritativa ou odor mais forte, o pet pode fazer esses movimentos por longos períodos, mas, normalmente, não necessita de nenhum cuidado especial ou mesmo de intervenção médica. Algumas vezes o uso de anti-histamínico ou lubrificantes nasais pode resolver ou minimizar o problema”, orienta o especialista.

É possível evitar?

Como não existe uma causa específica, é difícil fazer a prevenção. Sabidamente, animais alérgicos têm maior propensão a desenvolver espirro reverso. Nestes casos, é recomendável evitar ambientes fechados, poeiras ou mesmo perfumes e desinfetantes.

Quinzani tranquiliza os donos que presenciarem o espirro reverso: “não se assuste, nem fique desesperado. Pode-se fazer massagem no peito e mesmo assoprar levemente as narinas do animal e esperar passar”, recomenda.

Ana Carolina Barbosa
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