Deficiência proteica em pets: o que é, por que ocorre e como tratar?

A proteína tem papel fundamental no organismo dos pets. Prover a quantidade correta de proteínas indicadas para cada espécie é essencial para o bem estar e para a saúde do animal.

Maria Carolina Pappalardo, médica veterinária responsável pelo serviço de gastroenterologia no Pet Care, Provet e Endocrinovet explica que a deficiência proteica do corpo pode ser dividida em deficiência de proteína total no sangue ou deficiência de uma das frações que formam essa proteína total, que são albumina ou globulina. No caso de pacientes com insuficiência hepática, a deficiência proteica pode estar relacionada à falta de produção de albumina ou globulina.

A ingestão insuficiente de proteínas também pode ser uma das causas do problema. Pacientes com privação grave de ingestão de alimentos completos, ou seja, alimentos que contenham nutrientes necessários para o tipo de pet, podem desenvolver a deficiência e, como consequência, problemas pancreáticos e neuromusculares, por exemplo. “Animais com doenças inflamatórias e infecciosas graves, geralmente sob cuidados intensivos (UTI), também podem apresentar baixa albumina, o que é sinal de prognóstico reservado a ruim no tratamento”, afirma Pappalardo.

A alimentação balanceada e completa, específica para cada espécie e tipo de pet, é suficiente para manter os níveis adequados de proteína no sangue. Segundo a médica veterinária, pacientes com deficiência de produção ou perda intestinal e renal podem ter seus níveis de proteína novamente equilibrados com alimentação específica e tratamento adequado da doença. Animais internados podem necessitar de formulações especiais feitas por sondas de alimentação (alimentações enterais) ou pela veia (alimentações parenterais).

A quantidade de proteínas necessária na alimentação varia de acordo com a espécie e com a condição do animal. “Gatos possuem uma alimentação com maior teor de proteínas do que cães e, por isso, rações para uma espécie não são adequadas para outra. Filhotes e lactantes também devem receber maior quantidade de proteínas, além de cálcio e calorias. Uma fêmea que amamenta, se não receber ração adequada pode ter déficit proteico e tanto ela como os filhotes, podem ser prejudicados”, afirma a médica veterinária e acupunturista no O Tao do Bicho, Ana Carolina Magalhães.

Portanto, uma das formas de prevenir a deficiência protéica é manter uma alimentação equilibrada e ideal para cada pet, pautada na recomendação do médico veterinário.

Da Redação
Crédito da imagem: “Cão sentado em uma cadeira de madeira” por boryanam / Freepik
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