Como identificar e tratar tumor em hamster

Hamsters, quando bem cuidados e alimentados, dificilmente ficam doentes. Isso não significa, porém, que de vez em quando isso não ocorra. E uma das enfermidades mais comuns é o tumor, que pode ser benigno ou maligno.

Segundo Erica Couto, médica veterinária, mestre em bem-estar animal e especializada em clínica de animais silvestres, tumor maligno se espalha com rapidez e cresce de forma desordenada. Já o tumor benigno é um crescimento exagerado, mas que mantém as células semelhantes às de origem. Não há metástase, ou seja, não se espalha.

Identificando o tumor

Para identificar a existência do tumor, fique atendo à existência de protuberâncias em seu corpinho. O mais comum é encontrá-las nas regiões da barriga, axilas e pescoço. No caso das fêmeas, podem se desenvolver tumores mamários ao longo da região do peito e do abdômen.

“Eles podem aparecer também na cavidade oral, assim como nos pés e no nariz. Nas fêmeas, há tumores uterinos. Por isso, sempre faça um acompanhamento com um médico veterinário especializado, com ultrassom”, recomenda Erica.

Vale também observar mudanças de comportamento do bichinho, como perda de apetite, diminuição da atividade física ou andar claudicante – isso é, se ele está mancando. Dependendo do local do tumor, ele pode lambê-lo ou cutucá-lo insistentemente ou sofrer com problemas digestivos, como vômitos e diarreia.

“Pode haver sangramentos vaginais no caso dos tumores uterinos. O animal pode morder o nódulo/ tumor e pronovar ulcerações”, diz Erica.

Acho que meu hamster tem um tumor. E agora?            

Primeiro, leve-o a seu médico-veterinário de confiança. Ele saberá confirmar a sua suspeita.

Uma vez identificado o tumor, o tratamento costuma ser cirúrgico. “A indicação sempre acaba sendo cirúrgica, até para manter uma boa qualidade de vida, sem dores. Alguns tumores, afinal, podem levar a dores e incômodos”, explica Erica.

Por isso, é importante reforçar que, quanto mais cedo o tumor for detectado, mais fácil será para removê-lo. Já o pós-cirúrgico dependerá da natureza do tumor, benigno ou maligno, e de seu tamanho.

Segundo Erica, o ideal é mandar o nódulo para histopatológico para que se saiba se é benigno ou maligno. “Assim, com esse conhecimento, melhor será o prognóstico e se saberá se a cirurgia será o bastante ou se a quimioterapia também será necessária”.

Veja Também