gato passeando grande

Até onde os gatos podem ser adestrados?

Talvez você já tenha se deparado com histórias sobre gatos como Baby, que se tornou célebre em 1947 por ser o “gato-guia” (sim, você leu certo) de uma senhora moradora de Los Angeles, nos Estados Unidos. Naquele ano, ambos foram fotografados pela revista Life, e é possível achar a história da dupla até hoje, na internet. Outra história é a respeito de um felino que ajuda seu amigo, um cão cego, a se locomover. Tudo isso é muito fofo e tocante, mas, como é possível?

Quem tem gato em casa sabe que são afetuosos e criam fortes vínculos com os moradores. Vale dizer que, mais do que possível, é importante adestrar seu gato. Apesar dos bichanos serem independentes e voluntariosos, é benéfico para o animal e seu tutor que o felino conheça seus limites, assim como aconteceria com um cão. No entanto, algumas raças de gato são mais receptivas a treinamentos e a comandos vocais. São raças que podem ser consideradas “as melhores para quem está acostumado com cães”.

Um exemplo disso é o gato abissínio. Ótimo companheiro para ensinar truques, é um animal sociável e pode até aprender a andar em uma coleira. Outra raça mais propensa ao adestramento é o siamês, curioso e inteligente, com gosto em ser parte de tudo que você faz. Sozinho em casa, é um animal que se entretém com desafios, como tentar abrir torneiras – o que pode acabar em um pequeno desastre – ou abrir portas e armários. Outro gato de companhia que será um bom aluno de adestramento é o burmese: inteligente e dependente de sua família humana como a maioria dos cães.

O pixie-bob, apesar de pouco conhecido no Brasil, também é outra variação felina considerada um “gato-cachorro”, já que, além de possuir cauda curta, aprende facilmente a buscar objetos e cria vínculo com todos os moradores da casa. Também é um bom gato para se ter junto com crianças.

Mas, se há tamanha variedade entre gatos considerados mais fáceis de adestrar, por que cães recebem a maior parte do crédito? Uma boa resposta está no fato de que os cachorros são naturalmente mais sociáveis e tornaram-se parceiros de trabalho junto aos humanos, sendo selecionados, assim, como os mais propensos a serem educados para cumprir tarefas.

Isso, claro, só quer dizer que os felinos possuem um ritmo diferente de interação. Orgulhe-se do seu gatinho!

 

 

André Spera
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