A importância do microchip em seu animal de estimação

Na cidade de São Paulo, desde 2007, existe uma lei que determina que todo animal comercializado no município esteja devidamente documentado com microchip de identificação. Mas, o que faz esse microchip? “Ele é importante para que o animal tenha uma identificação permanente”, explica a médica veterinária Renata Gaspar Vieira, sócia da clínica e pet shop Africa Pet. “Caso o bichinho se perca do proprietário, seja encontrado e encaminhado a uma clínica veterinária ou centro de controle de zoonoses, é por meio da identificação do número de microchip que rastreamos o endereço e telefone dos tutores.”

Segundo a veterinária, a aplicação é rápida e praticamente indolor. “A agulha tem calibre grande, mas é extremamente afiada, e a maioria dos animais não reclama de dor no ato da aplicação”. A cápsula do microchip é estéril e vem dentro de um aplicador individual, envelopado e esterilizado. No momento da introdução da agulha, o microchip – que tem o tamanho de um grão de arroz – migra para o local desejado, alojando-se no subcutâneo do animal. “É padrão internacional que a aplicação seja no dorso do animal, entre as escápulas (nas costas, entre os ‘ombros’ e abaixo do pescoço). Microchips de qualidade e encapsulados não migram e não levam a reações alérgicas”, diz.

Apesar da obrigação por lei, no entanto, é pequena a fração de filhotes vendidos ou doados munidos do chip, e nem toda clínica possui o leitor de microchip. “Por isso, recomendamos que o pet tenha também uma placa de identificação na coleira, com os dados do tutor. É a forma mais rápida de encontrar o responsável pelo cão perdido”, aconselha Renata.

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Quais dados podem ser inclusos no chip?

Após a aplicação do chip, é realizado o cadastro em um banco de dados on-line, contendo endereço residencial e comercial do tutor, campos para dois números de telefone, cor da pelagem, nome do animal e dos tutores e alguma característica individual (uma mancha, ausência de um dedo, uma verruga etc.). O grande desafio na utilização dessa tecnologia é fazê-lo de forma correta. “Desde a obrigatoriedade, muitas vezes o cadastro é deixado incompleto. O veterinário pode não ter prática com essa tecnologia e não procura o banco de dados que deve ser preenchido. Dessa maneira, você cumpre a lei, mas não facilita a procura de animais perdidos ou furtados. Além disso, a maioria dos criadores de cães e gatos não estão na cidade, e sim nos arredores de São Paulo. Ou seja, quem não estava sob fiscalização da lei não adotava a microchipagem”. Mesmo assim, o procedimento é importante para algumas atividades.

O uso do microchip é obrigatório para emissão de documentação de viagem para quase todos os países europeus. Estados Unidos e Mercosul ainda não exigem essa tecnologia, mas convém, de qualquer forma, checar alterações – que são frequentes – em relação às exigências internacionais de viagem junto ao Vigiagro (Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional). Também vale a pena falar com um veterinário que possua experiência em emissão de documentação de viagens para cães e gatos.

Atenção! O chip de identificação não possui rastreamento por GPS. Além disso, somente um médico veterinário deve fazer a microchipagem. O procedimento exige conhecimento de contenção adequada do animal, para que não sinta a aplicação, assepsia correta e posterior leitura do chip e cadastro no banco de dados.

 

Da Redação
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