Ter um pet é muito mais do que apenas uma companhia, pois esses animais tornam-se verdadeiros membros da família. Os bichinhos de estimação ocupam um papel cada vez mais importante na vida das pessoas, especialmente em momentos de estresse ou solidão. E essa importância é amparada pela psicologia.
“Os pets têm um impacto direto no bem-estar e na saúde física e emocional de seus tutores, além de contribuírem para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes – explica a psicóloga Annelisa Faccin – em momentos difíceis, um simples olhar carinhoso ou o toque na pelagem de um pet pode ter um efeito calmante imediato”. Segundo ela, os animais têm uma incrível capacidade de ajudar a regular as emoções, acalmando o sistema nervoso e proporcionando conforto em situações de estresse. A psicóloga destaca que a interação com um animal ajuda a criar um espaço de cuidado mútuo, preenchendo vazios emocionais e aliviando a sensação de solidão.
Para as famílias com crianças e adolescentes, ter um pet durante a fase de crescimento dos jovens traz aprendizados valiosos. Um animalzinho na família ajuda no desenvolvimento da empatia, respeito e responsabilidade ao cuidar de um ser vivo. Além disso, a convivência com animais auxilia na elaboração de emoções e conflitos internos, favorecendo o desenvolvimento emocional. Crescer com animais de estimação tende a tornar os jovens mais habilidosos em compreender e nomear suas emoções, e aprimorar suas habilidades de socialização, facilitando o estabelecimento de novas amizades.
Outro benefício que ter um pet traz para a vida de seus tutores é na saúde física. “No caso dos cães, os passeios diários se tornam uma forma de exercício moderado, recomendado para reduzir o estresse, a ansiedade e até os sintomas de depressão. Esse simples ato de caminhar com o cachorro favorece também o contato social, criando oportunidades para interações tanto com outros humanos quanto cães”, afirma Annelisa.
Mas antes de fazer essa escolha é fundamental entender que ter um animal é uma decisão que deve ser feita com responsabilidade e consciência. Além do compromisso financeiro, é necessário assegurar o bem-estar físico e emocional do pet. Isso inclui dedicar tempo e atenção, além de estabelecer uma rede de apoio. Afinal, os animais não gostam de ficar sozinhos e frequentemente requerem cuidados que impactam, e muito, a rotina dos tutores.
Os animais de estimação desempenham um papel fundamental em nossas vidas, mas para além disso eles podem ocupar uma área em expansão e que deve ser vista com muito profissionalismo, que são os Serviços Assistidos por Animais (SAA). Essa prática é utilizada, especialmente no tratamento de pacientes com doenças crônicas ou condições emocionais, e envolve o contato do paciente com animais, em busca do processo de melhora ou cura.
“Há muitas pessoas que se beneficiam, mas a indicação deve ser muito bem feita por uma equipe de profissionais uma vez que devemos considerar o conceito de saúde e bem-estar únicos, que envolve todos participantes: paciente, animal, família, equipe. É uma decisão complexa e conjunta para que haja bons resultados”, sinaliza a especialista.
É importante ressaltar que não é qualquer pet que pode participar dessas atividades; apenas aqueles que são selecionados e treinados especificamente para essa função. O sucesso dessas intervenções depende de uma avaliação cuidadosa realizada por profissionais capacitados, que consideram o bem-estar tanto do paciente quanto do animal. Dessa forma, cada pet envolvido é um animal serviços assistidos, e a indicação para esse tipo de terapia deve ser feita de maneira criteriosa.
Ter um pet é uma experiência transformadora que enriquece a vida de todos os envolvidos. Se você ainda não tem um amigo de quatro patas, considere a adoção consciente e faça a diferença na vida de um animal que precisa de um lar. E se você já tem um bichinho, lembre-se de dedicar tempo especial a ele, fortalecendo esse vínculo que traz tantas alegrias.