Saiba quais são os principais cuidados extras com cães paraplégicos

Cuidar de um cachorro de estimação exige, do tutor, uma série de responsabilidades, como tempo para brincar e passear com o animal e dinheiro para alimentação e saúde. Quando o animal é paraplégico ou tetraplégico, a atenção e os gastos são maiores.

O grau das sequelas vai definir questões como tipo de acessórios a serem utilizados, medicamentos e exercícios. A personalidade do animal também entra nessa conta, já que alguns se adaptam mais facilmente ao tratamento e outros acabam oferecendo certa resistência em relação a cadeiras de rodas, por exemplo.

“Hoje já existem vários acessórios para animais  com necessidades especiais,  como as cadeirinhas de rodas, órteses e próteses, mas não são todos os animais que se adaptam tão facilmente”, afirma a médica veterinária Juliana Cristianini Reginato, especialista em fisiatria e reabilitação animal, da Vet Equilíbrio Especialidades Veterinárias (www.facebook.com/vetequilibriojau/).

A cadeira de rodas é o acessório mais utilizado por animais nessas condições. Ela é feita sob medida, por isso, o tutor deve procurar um veterinário especialista em reabilitação, que vai avaliar a postura correta (colunas, membros etc.) do animal para que não ocorram novas lesões quando ele estiver utilizando o equipamento.

“Mesmo quando o cachorro se adapta ao acessório, existe um limite de tempo em que ele deve utilizar a cadeirinha. O uso diário não deve passar de quatro horas e o animal deve ser sempre supervisionado, não podendo ficar sozinho ou em qualquer ambiente, pois isso pode provocar acidentes”, alerta Juliana.

Os valores das cadeirinhas variam, diz a veterinária. Equipamentos com materiais mais resistentes custam, em média, R$ 500, mas há opções de cadeirinhas mais acessíveis, feitas com outros materiais, que funcionam se corretamente adaptadas.

Fraldas

Os acessórios de locomoção são apenas um item do tratamento. “Dependendo das sequelas, o animal pode ter que usar fraldas se houver perda de controle da bexiga; pode haver assaduras ou machucados devido a se arrastarem no chão; a alimentação deve ser regrada para evitar engordar; há exercícios específicos para que não haja atrofia de membros”, exemplifica a veterinária.

Com todos os cuidados e adaptações, o animal pode ter um cotidiano normal, qualidade de vida, boa saúde, enfim, ser feliz. “Se o animal estiver com sua saúde em aspecto geral em ordem ele não precisa ficar passando por consultas gerais o tempo todo. O importante é associar a reabilitação, como fisioterapia e acupuntura, uma vez por semana, ou a cada 15 dias, em animais mais estabilizados”, conclui Juliana.

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