Saiba mais sobre o canário-belga

No século XVIII, uma duquesa belga foi presenteada com um par canário e decidiu, então, dar nomeá-lo canário-belga. E foi assim que surgiu o nome desta espécie. Contudo, ele é originário das Ilhas Canárias, arquipélago de ilhas próximo do continente africano, que pertence à Espanha. Hoje em dia, a espécie pode ser encontrada praticamente no mundo todo, não sendo mais endêmica das Ilhas Canárias.

Sua principal característica é o seu canto alto e sonoro. “O canário-belga é uma ave bem adaptável o que facilita seu manejo em cativeiro. Ele, pra mim, é o mais dócil, são afetuosos e inteligentes. O canário-belga gosta de ficar na companhia do dono e reconhece a sua voz. Tendem a ficar tristes e até depressivos quando ficam muito tempo longe do dono”, destaca Luana Desie, médica-veterinária proprietária do Consultório das Aves.

Por ser uma ave exótica, o canário-belga só é encontrado no Brasil em criadouros e em locais especializados em aves.

Sobre a diferenciação entre machos e fêmeas, Desie explica que é necessário fazer um exame de sexagem ou esperar a ave botar ovo, ou não. “Os machos, em geral, são maiores, mais atléticos e costumam ter uma pelugem mais vívida. As fêmeas são menores e tem uma cabeça um pouco mais arredondada, mas para ter 100% de certeza, o exame é a melhor opção.”

Caso você tenha um par de canários-belgas, preste atenção se eles estão brigando com frequência, pois isso pode indicar que ambos são machos e eles estão disputando território. Se for um casal, a fêmea vai procurar objetos para fazer ninho e o macho irá cortejá-la dando comida no bico dela.

Saúde e regulação

“A melhor opção para a dieta do seu canário-belga é a ração extrusada e mix de sementes. Uma vez por semana, pode-se ofertar ração farinhada. É interessante oferecer alguns legumes, como milho e jiló, além de algumas folhas, como couve. Observe quais alimentos sua ave tem preferência e monte uma dieta balanceada para ela.”, ressalta Desie.

Sobre as doenças mais comuns que afligem essa espécie, Desie ressalta o cisto de penas, nódulos envolvendo um ou vários folículos de penas devido a má formação da pena em crescimento sob a pele do canário, e problemas respiratórios.

A dona do Consultório das Aves explica que, para ser criador de uma ave exótica, é necessário ser afiliado da Federação Ornitológica do Brasil (FOB) e emitir nota fiscal sempre que realizar uma venda. Não é necessário ter licença do IBAMA.

Gaiolas

“Sempre indico as gaiolas voadeiras. Quanto maior a gaiola, melhor. Se a pessoa possui mais de uma ave na mesma gaiola, o ideal é levar ao veterinário especializado a cada seis meses para um check up.”, encerra Desie.

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