Dálmatas: saiba mais sobre essa raça!

A origem dos dálmatas é incerta, pois é uma raça muito antiga. Existem pinturas em igrejas da Croácia – que possui uma região conhecida como Dalmácia, daí o nome dos cães –  retratando os animais e que datam do século XVI, sendo essa a sua origem mais provável e aceita atualmente.

Nathalia Monnerat é dona do Canil Spot One, um espaço especializado em Dálmata. Para ela, as principais características da raça são seu físico atlético e o cuidado com seus donos. “Eles [os dálmatas] são cães de companhia. Suas antigas funções eram acompanhar carruagens em viagens e proteger seus donos. Tais trabalhos os atribuíram resistência a percorrer grandes distâncias e capacidade de alertar caso vissem algum animal ou pessoa estranhos indo na mesma direção. Hoje os dálmatas ainda cumprem bem esses dois papéis. Não são cães para guarda mas alertam a presença de estranhos.”, ressalta Monnerat.

Prevenção a doenças

A médica-veterinária elenca também as três doenças mais comuns que afetam esta raça com mais recorrência:  ocorrência de surdez, problemas de pele e cálculos urinários.

A surdez é diagnosticada assim que os ouvidos começam a se abrir entre os 20 e 30 dias de vida. Por meio de seleção genética e teste auditivo dos pais, é possível reduzir essa incidência.

Problemas de pele também são comuns. Podem ser evitados ao analisar a hereditariedade e aplicando produtos adequados durante os banhos, com alimentação de qualidade e evitar o contato com sujidades e parasitas.

Já os cálculos urinários podem ser evitados com dieta baixa em purinas, que se encontra abundante em proteínas, como vísceras. Aliado a isso, exercícios físicos para estimular ingestão hídrica, água sempre à disposição em casa e estimular o cão a não prender a urina.

Nível de criação: difícil

Para Monnerat, “os dálmatas são cães muito amáveis com os donos, eles realmente se entregam a quem amam e são verdadeiros companheiros. Mas são uma raça que necessita de cuidados especiais e também muita empatia e vontade de conhecê-los para lidar com seus temperamentos.”, destaca. Ela também alerta que o dálmatas “precisam de um dono disposto a realizar atividades físicas diárias, entender a personalidade do cão e conhecer seus limites e características.”

Logo, o interessado em adotar um dálmata precisa ter um estilo de vida ativo, ou estar disposto a aprender um pouco sobre a raça. Se a pessoa não tem tais intenções, a médica-veterinária não aconselha procurar  raça. “Mesmo com um quintal espaçoso, o que facilita o manejo, você não está isento de gastar sua energia e colocar o dálmata em sua rotina. Não são cães que costumam ser simpáticos no primeiro contato, exceto raras exceções.”, explica a dona do Canil Spot One. “Não os considero uma raça fácil, mas quem tem um, dificilmente para no primeiro, pois são muitos especiais!”.

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