Saiba como lidar com seu cão que tem medo de fogos de artifício

Eles se escondem debaixo da cama, do armário, enfiam o rabinho entre as pernas e até tremem. Os fogos de artifício podem ser um pesadelo para alguns cães, e com algumas mudanças de comportamento dos tutores, é possível reduzir o medo.

 

A melhor forma de acalmar um cão quando começam os fogos é agir com naturalidade, explica Livia Romeiro, médica veterinária do Vet Quality Hospital Veterinário 24h. “Cães sofrem neste momento, muitas vezes, pelo comportamento dos tutores. Geralmente, junto com os fogos, vem uma alteração de humor dos humanos, como gritos, risadas ou até mesmo raiva. Essa alteração é rapidamente associada ao barulho dos fogos e cria-se um padrão de comportamento canino”, explica.

 

A solução para evitar o medo excessivo de fogos é mostrar para o cão que o barulho não representa nada, e que ele não precisa se preocupar. Um dos erros mais comuns dos tutores é, ao observar que o cão está arredio, acolhe com muito afago. “Esse movimento, embora seja bem intencionado, reforça o sentimento de medo do animal”, acrescenta Romeiro.

 

Como preparar o animal antes da queima de fogos já prevista

 

Já é previsto que, no fim dia 31 de dezembro, todas as cidades do mundo sejam dominadas por fogos de artifício: não há como escapar. Para preparar os bichinhos, é preciso reverter a assimilação que o cachorro já faz ao ouvir os fogos. “A associação ao barulho precisa ser algo normal, então é o momento de quebrar o padrão criado anteriormente”, orienta a veterinária.

 

Para quebrar esse padrão, uma boa opção é oferecer petiscos ou brinquedos diferentes antes do momento em que se espera o comportamento indesejado. As melhores escolhas são petiscos congelados – o cão vai demorar um pouco mais para ter acesso -, e brinquedos que demandem atenção. Assim, quando o barulho começar, o cachorro vai associar a alguma coisa boa.

 

Esse processo de associar uma situação a um comportamento desejado vai demorar de acordo com cada indivíduo e da consistência deste trabalho por parte dos tutores, por isso “é muito importante que este treinamento seja realizado sempre que possível. Muitas vezes, ele pode ser até provocado pelo tutor, de preferência com ajuda de um profissional para poder fixar o aprendizado”, conclui.

 

Outro cuidado é certificar sempre que o cão está em um lugar seguro nestes momentos de confraternização, para evitar ansiedade. Quando mais eles se sentem protegidos e amados, menos chance de serem influenciados pelo barulho dos fogos.

 

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