Os gatos sofrem em silêncio e escondem qualquer sinal de que estão vulneráveis. Essa característica torna mais difícil cuidar desses animais, já que eles não buscam seus tutores em momentos como esse. No entanto, existem algumas dicas que ajudam a identificar o problema e auxiliar nossos amiguinhos nessas horas difíceis!
A médica-veterinária Vanessa Zimbres, da clínica Gato é Gente Boa, ensina que o principal indicador de dor ou algum problema de saúde no gato é a mudança de seu comportamento. Alguns exemplos são a diminuição do apetite e da ingestão de água e até mesmo o descuido com a própria higienização.
“Um gato muito quieto, que passou a se esconder ou não deita e dorme da maneira como faz normalmente, também é uma dica de que algo não está bem. Alguns gatos podem se tornar agressivos, principalmente quando manipulados. Nesse caso fica fácil detectar o incomodo”, afirma Vanessa.
Em estudo publicado na revista Plos One, uma dupla de cientistas da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, identificou 25 comportamentos dos gatos que podem significar que estão com dor. O projeto envolveu uma equipe internacional com 19 veterinários especialistas em felinos.
Entre as características identificadas estão: levantar a cauda, trazer animais mortos para casa, dormir muito, não se dar bem com outros gatos e agir de forma dissimulada.
É dor, não velhice
Estudos apontam que ate 92% dos gatos que sofrem de doenças articulares apresentam artrite e ou artrose, e essas não estão restritas a animais idosos. Quando o gato fica mais velho, a relutância em se movimentar, escalar e pular dos moveis é atribuída a idade, mas isso não é verdade. “Esses animais não se movimentam porque sentem dor”, explica a veterinária.
Portanto, por mais simples que pareça a mudança comportamental do gato, ela deve ser investigada. Isso porque uma dor não tratada pode levar o gato a apresentar comportamentos desfavoráveis para a boa convivência com seus tutores.