O estresse em animais de estimação pode afetar diretamente sua saúde e comportamento, gerando desconforto para o pet e preocupações para os tutores. Por isso, identificar precocemente os sinais de estresse é fundamental para garantir o bem-estar do animal e evitar problemas mais graves. Mudanças no comportamento, alimentação e interação social podem ser indicadores de que o animal está passando por um período de tensão.
De acordo com a médica-veterinária Thais Krüger, os tutores devem estar atentos a sinais como:
- agressividade
- ansiedade
- queda de pelo
- diminuição da autonomia
Krüger explica que, ao observar essas mudanças, é possível agir rapidamente para prevenir complicações. “Os sinais de estresse podem variar, mas muitos deles são comuns, tanto para cães quanto para gatos. Além disso, o animal pode apresentar falta de apetite, vômitos, diarreia sem explicação, queda de pelo e até lamber-se excessivamente, o que pode levar a lesões na pele. Outros sinais incluem latidos ou miados excessivos e respiração ofegante sem esforço físico”.
Fatores desencadeantes
Segundo a médica-veterinária, vários fatores podem desencadear o estresse em animais de estimação, como alterações na alimentação, sono e higiene. “Mudanças de moradia e de rotina, tanto do animal quanto do dono, podem ser bastante perturbadoras. A volta ao trabalho presencial após um período de home office, por exemplo, pode gerar desconforto nos animais. Barulhos altos, como fogos de artifício e trovões, também são causas frequentes de estresse, assim como a chegada de novos membros à família, sejam pessoas ou outros animais”, diz.
Ela recomenda que os donos introduzam gradualmente essas mudanças, evitando punições severas, que podem intensificar a ansiedade do animal de estimação. “O uso de feromônios e técnicas de dessensibilização também podem ajudar a aliviar o estresse”, completa.
Como reduzir o estresse?
Para ajudar a reduzir o estresse, a veterinária sugere que os donos ofereçam ao pet um local tranquilo onde ele possa se sentir seguro e relaxado, como caminhas ou esconderijos (no caso dos gatos). “A inclusão de atividades físicas, passeios e brincadeiras na rotina é fundamental, assim como o uso de arranhadores para os felinos. Além disso, em alguns casos, os medicamentos homeopáticos podem ser úteis para controlar a ansiedade”, afirma.
Cães e gatos
Embora cães e gatos compartilhem alguns sinais de estresse, como agressividade ou falta de apetite, existem diferenças devido aos comportamentos e instintos específicos de cada espécie. “Gatos, por exemplo, tendem a se afastar mais dos donos, urinar fora da caixa de areia e, em casos extremos, interromper seus hábitos de higiene, como se limpar. Eles também podem apresentar miados mais altos e uma agressividade inesperada”.