Quais os cuidados essenciais para viajar com seu pet de avião

O final de ano, as férias escolares e o verão estão aí. E depois de meses de reclusão, por causa da pandemia, muita gente já planeja viajar de avião – inclusive na companhia de seus pets. Mas quais os cuidados básicos para garantirmos o melhor voo possível aos nossos amigos de quatro patas?

 

Em primeiro lugar, é preciso que o cão ou gato esteja com as vacinas em dia e em boas condições de saúde, atestadas por um médico veterinário. Com o atestado em mãos, o tutor deve fazer a requisição de um Guia de Transporte Animal (GTA), necessário para as viagens aéreas. Esse documento é emitido gratuitamente – informações podem ser obtidas nos sites das Secretarias Estaduais de Agricultura. 

 

A viagem será internacional? Nesse caso, é preciso atenção, porque as exigências variam de país para país. “Alguns pedem um atestado de titulação de anticorpos para o vírus da raiva. Outros determinam a implantação de um microchip de identificação no pet. Também pode ser necessária a realização de uma quarentena na chegada ao destino”, observa o médico veterinário Erick Mariz, de São Paulo. “É importante que o tutor procure se informar e consulte um especialista o quanto antes”.

 

Também é preciso ficar de olho nas regras da companhia aérea. Em geral, é permitido que pets de até 10 quilos viagem junto aos responsáveis, nas cabines dos aviões. Mas em certas empresas esse limite é de 5 quilos. O cão ou gato deve sempre ser acomodado em uma caixa de transporte. “As especificações da caixa também variam, por isso é fundamental o tutor verificá-las no momento da compra da passagem”, recomenda Mariz.

 

“Hoje, é possível adquirirmos um bilhete para o pet viajar numa poltrona ao nosso lado, sem incomodar ninguém. Isso traz mais conforto e tranquilidade ao animalzinho”, destaca Mariz.

 

E os amigos de porte maior?

 

A orientação dos especialistas, seguida por diversas companhias aéreas, é de que os animais pequenos viajem sempre nas cabines. Principalmente os cães de nariz curto (braquiocefálicos), como buldogues e pugs. É que essas raças são mais suscetíveis a passar mal quando viajam nos compartimentos de animais. 

 

Mas, se o cão é de grande porte, a viagem separada do tutor é inevitável. O doutor Erick recomenda que os tutores somente submetam companheiros maiores ou braquiocefálicos a uma viagem aérea em casos de mudança de residência ou outras situações indispensáveis.

 

Episódios recentes de mortes de cães em aviões reacenderam discussões sobre a segurança do transporte aéreo de pets e aumentaram a preocupação dos tutores. “Poucas são as fatalidades registradas em milhares de viagens confinadas de pets, feitas todos os meses. Mas é necessário dizer que os pets não se sentem confortáveis ao serem despachados. O stress situacional é forte, e hoje os animais não podem mais ser sedados, como no passado”, pontua Mariz.

 

O especialista dá algumas dicas para garantir conforto aos cães nessa situação. Primeiro, a caixa de transporte deve ter dimensões que respeitem as diretrizes da companhia aérea, mas é essencial o tutor se certificar de que elas não sejam claustrofóbicas, impedindo o animal de se levantar e se movimentar um pouquinho. 

 

“Também é interessante a colocação de um tapete gelado na base da caixa e de água gelada num bebedouro do recipiente. Isso ajuda o cão a se refrescar”, sugere Mariz. “Além disso, é fundamental que o animal tenha algum adereço de identificação, com dados do tutor. Isso vale também para viagens rodoviárias”.

 

Ao tomar todos esses cuidados, aumentamos bastante as chances de os pets estarem bem após terem voado conosco!

 

Veja Também