No Brasil, temos sete espécies de aves consideradas domésticas pelo Ibama e Ministério da Agricultura, ou seja, espécies que não precisam de autorização especial para serem comercializadas. São elas: Manom, Mandarim, Diamente Gold, Canário, Periquito, Calopsita e Rolinha Diamante. As demais espécies precisam da licença especial para comercialização, seja silvestre ou exótica, explica a médica-veterinária Cinthya Ugliara.
“Os psitacídeos, classe dos papagaios, agapornis, calopsitas, periquitos, são sem dúvida as aves mais indicadas para se ter como pet”, afirma Cinthya. “Inteligentes e afetuosos, tornam-se muito mansos quando criados desde filhotes por humanos. Alguns exemplares como a Calopsita, a Ararajuba e a Cacatua Branca são companheiros para toda a família, inclusive para as crianças (sempre sobre supervisão). Outros como o Papagaio Verdadeiro, Agapornis e o RingNeck são mais recomendados para adultos, pois podem rejeitar manipulação constante”.
Todas as aves citadas se adaptam bem a casas ou apartamentos e podem ainda ficar fora da gaiola em momentos de supervisão. As Araras também são ótimas companheiras, mas precisam de amplo espaço e ficam mais felizes com a presença de outro amigo da mesma espécie, não sendo indicadas para apartamentos e nem mesmo casas da região urbana, pois fazem muito barulho, o que pode gerar atrito com vizinhos.
Cinthya alerta que toda ave silvestre ou exótica, mantida como pet, necessita de consulta frequente com médico-veterinário especialista. “É muito importante levar a ave ao veterinário assim que adquiri-la, pois só ele poderá lhe dar as orientações corretas sobre o manejo e alimentação específica para cada espécie”, afirma. “Infelizmente, muitas pessoas não buscam essa orientação. Com manejo e alimentação inadequados as aves podem sofrer com estresse e desnutrição, levando a várias outras doenças”, explica.