Com a chegada do verão, as famílias com gatos devem tomar alguns cuidados para garantir a saúde do animal. Nós buscamos sombra e água fresca nos dias mais quentes. Com os pets não é diferente e é nosso dever proporcionar as condições adequadas para eles se manterem confortáveis, hidratados e saudáveis nesta época do ano.
Assim como os humanos, alguns bichanos podem ser mais ‘calorentos’ do que outros. Além disso, a temperatura corporal dos felinos costuma ser maior do que a nossa, portanto, a sensação térmica é diferente. Certas raças costumam sofrer mais com o calor, sobretudo aquelas cujo focinho é achatado, a exemplo dos persas e exóticos.
“Em geral, animais braquicefálicos têm mais dificuldade para respirar e, consequentemente, trocar calor com o ambiente. Como gatos não suam pela pele, é por meio da respiração e dos coxins, as almofadinhas das patas, que eles regulam a temperatura do corpo. Quando isso não ocorre de forma adequada em dias quentes, pode haver consequências à saúde”, explica Jade Petronilho, médica-veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove.
Mantenha a hidratação
Quem tem gato sabe como a espécie precisa de um ‘empurrãozinho’ para se manter hidratada. No verão, os cuidados para garantir que o pet consuma a quantidade ideal de água diariamente devem ser redobrados. Além da tradicional vasilha, a recomendação é manter uma fonte de água à disposição. A dica é testar diferentes modelos até encontrar o formato preferido do animal.
“O ideal é evitar condicionar o pet a tomar água da torneira, pois a ausência de um humano pode reduzir a ingestão de água, e oferecer alimentos úmidos, seja em lata ou sachê, preferencialmente todos os dias. Também é indicado adicionar mais líquido à ração úmida para potencializar a hidratação, porém, é preciso que o gato esteja acostumado com isso desde jovem para que haja uma boa aceitação”, orienta Jade.
Cuidados com o sol
A maioria dos bichanos gosta de passar algumas horas sob o sol. No entanto, a luz solar funciona apenas como uma fonte de calor, já que os gatos não precisam dela para sintetizar a vitamina D. Portanto, a exposição deve ser controlada, evitando que eles se exponham nos horários mais quentes, normalmente das 10h às 15h, e utilizando protetor solar de uso veterinário nas regiões mais claras ou com pouco pelo, como orelhas e focinho.
A médica-veterinária afirma que não é raro o desenvolvimento de tumores na pele em gatos por causa da exposição excessiva ao sol, sobretudo em animais mais claros. Por isso, é essencial que o gato tenha opções de abrigo longe do sol.
Mesmo com as temperaturas altas, o banho e a tosa de gatos não são recomendados, exceto em casos de indicação médica. “Gatos muito peludos, como os persas, podem ser uma exceção neste caso por em alguns casos não darem conta de fazerem a higiene de forma adequada, mas não por conta do verão”, completa Jade.
Atenção aos parasitas
Além dos riscos relacionados ao sol, é comum o aumento da ocorrência de parasitas durante o verão. “Mantenha sempre o anti-pulgas do seu pet em dia. Para aqueles que vivem em regiões litorâneas ou viajam com os gatinhos para a praia, o ideal é que conversem com o médico-veterinário de confiança para saber se prevenir contra a dirofilariose, o verme do coração”, indica a especialista.