Todo ‘gateiro’ sabe que ‘amassar o pãozinho’ é um comportamento bem típico dos gatos. Também conhecida como ‘afofar’ ou ‘tocar pianinho’, essa mania desses felinos tem algumas explicações, que vão desde recordações dos primeiros meses de vida até demarcação de território.
“A primeira teoria diz que esse movimento é o mesmo que os filhotes fazem quando estão mamando, então poderia ser uma lembrança de filhote”, explica Ricardo Zanini, adestrador e estudante de Medicina Veterinária.
“Há outra corrente que defende que, nesse momento, algumas glândulas são ativadas para secretar odor na região afofada e demancar o local”, diz Zanini. Uma terceira teoria diz que esse comportamento vem do instinto selvagem de afofar o local onde vão dormir antes de deitar.
“Qualquer que seja a motivação do bichano, esse comportamento gera segurança e bem-estar”, afirma. Ele explica que, independente se o comportamento for ou não estimulado pelo tutor, isso vai acontecer de modo natural e o felino vai executá-lo a vida toda.
Caso o seu animalzinho goste mesmo de ‘afofar’ ou ‘tocar pianinho’ no seu colo, é importante que as unhas do gato estejam bem cortadas, ou então você pode se machucar. Nesse caso, é importante não arriscar e levá-lo a um profissional especializado para fazer o corte.
“Agora, se o gato está afofando o sofá — o que geralmente ocorre — o tutor tem que dar objetos específicos para o animal, como arranhadores, bolinhas feitas de papel, ratinhos de pano, pompons de lã, entre outros”, explica o adestrador.
Para incentivar o gato a interagir com esses brinquedos (e não com os móveis da casa!), Zanini dá uma boa dica: borrifar catnip (pelo nome científico Nepeta cataria) nos arranhadores, bolinhas e pompons. “A erva-do-gato, conhecida por catnip, tem um ingrediente que atrai a maioria dos gatos. Então, se puder usar nos brinquedos, ele provavelmente irá adorar interagir mais com esses objetos. Porém, não funciona do mesmo jeito com todos os animais”, esclarece.
Além de atraí-los, saiba que a erva também é usada para acalmar os gatos. “Ela não tem efeito tóxico, nem causa dependência química ou física. No entanto, seu uso excessivo pode ocasionar miados ou outras vocalizações, salivação e sonolência”, diz o adestrador.