Meu primeiro aquário, por onde começar?

Ter um aquário em casa pode ser uma atividade divertida e relaxante, porém, para aqueles que estão iniciando no mundo do aquarismo, pode parecer difícil saber por onde começar. 

 

Para ajudar com esses primeiros passos, a médica-veterinária, consultora técnica e gerente comercial da Aquática Brazil, Shyrlei Braith Bertorello, deu algumas dicas dos principais aspectos que você precisa considerar para montar o seu primeiro aquário.

 

Ao optar pelo aquarismo, a primeira coisa a se definir é qual tipo de peixe você quer criar, antes de definir o tipo de aquário. “Sugerimos sempre que a pessoa escolha o maior aquário, pois quanto maior for o aquário mais fácil é estabilizá-lo. Um bom tamanho para começar é um aquário de 40 litros, mas o ideal seria o de 1 metro com a capacidade de 200 litros, que é considerado um aquário padrão, e com ele é possível trabalhar com a maioria dos peixes. Para quem está começando, escolher espécies de peixes mais resistentes é interessante, e esses tipos de peixe exigem um aquário maior”, afirma Shyrlei.

 

Leve em consideração: definir o tamanho do aquário dependerá do espaço disponível em sua casa. Existem diversas espécies que se adaptam bem ao ambiente de um aquário, mas é importante escolher peixes que possam conviver, e que não cresçam demais, a ponto de não caberem no aquário! 

 

Nesse momento o aquarista precisa ter bom senso, seguir as recomendações e cuidado para não super lotar o ambiente e prejudicar a qualidade da água.

 

Outro aspecto importante é a escolha dos equipamentos necessários para manter o aquário em funcionamento. Você vai precisar de um filtro, aquecedor, termômetro, iluminação e substrato para o fundo do aquário. 

 

Para quem está começando, optar por um filtro externo – também conhecido como cascata ou hang on, que é um filtro que fica pendurado na parte de trás do aquário e faz todo processo de filtragem, é a melhor opção. 

 

Outro filtro que o iniciante no aquarismo pode usar é o filtro interno, porém este necessita de mais cuidados com a limpeza, já que costuma entupir com mais frequência. 

 

“Quando falamos em filtragem, estamos mencionando um equipamento que faça oxigenação, que é primordial em um aquário, mas que também biotransforma a água – fazendo a limpeza biológica através das bactérias que vivem no filtro, a remoção química com o carvão, que tira cor, odor e substâncias tóxicas do aquário e a manta que segura a sujeira mais grossa para impedir que o filtro se obstrua”, ressalta a especialista. 

 

Após escolher os peixes e adquirir os equipamentos necessários, é hora de montar o aquário

 

O primeiro passo é colocar o substrato no fundo e encher com água. Em seguida, instale o filtro, aquecedor e iluminação. Para garantir o bem-estar dos peixes, escolha um local adequado, longe de fontes de calor e correntes de ar, em um ambiente fresco e protegido da luz direta do sol, pois isso pode causar flutuações de temperatura e favorecer a proliferação de algas. 

 

Como alguns peixes são muito sensíveis a variação de temperatura, evite colocar o aquário próximo a aparelhos eletrônicos que gerem calor, como televisão ou computadores, pois isso pode afetar a temperatura da água. Utilize um termostato para ajudar a regular e manter a temperatura adequada para as espécies aquáticas em seu aquário. 

 

Antes de introduzir os peixes no aquário, é importante fazer a ciclagem para que a temperatura e os níveis de pH se estabilizem, depois disso, você pode adicionar os peixes gradualmente, para evitar que haja um choque no ambiente do aquário. 

 

Outra dica valiosa para manter a qualidade e repor alguns microelementos que são importantes no aquário, é fazer a troca parcial da água – que é retirar entre 20 e 30 por cento da água e colocar água nova, regularmente.

 

Fique à vontade para decorar o seu aquário com tocas, cascalhos e plantas, pois além da estética, esses artefatos ajudam os peixes a diminuir o estresse do animal, oferecendo abrigo e conforto. 

 

De acordo com Shyrlei, é interessante usar plantas naturais, principalmente quando pensamos em biótopos – local com características físicas e químicas onde vive uma espécie – perfeitos, então procuramos manter a água e os parâmetros parecidos de acordo com as necessidades das espécies que está sendo criada. 

 

E quanto a comida? O que devo oferecer para o meu peixinho?

 

A alimentação do animal é um aspecto que exige a atenção do aquarista, e para isso é necessário se atentar ao tipo de peixe que foi escolhido e comprar sempre uma ração adequada para a espécie mantida no aquário. 

 

Fique de olho na validade do produto, se está bem embalado e evite o armazenamento em embalagens plásticas e/ou transparente, pois isso pode afetar a qualidade do alimento. Nada de ficar inventando comidinhas caseiras! E se quiser dar uns petiscos, dê preferência a produtos de qualidade, comprados em lugares confiáveis. 

 

“Para quem tem peixe marinho e às vezes oferece algum tipo de pescado, recomendamos congelá-lo antes do consumo e descongelar para oferecer ao animal, isso ajuda a evitar que algum parasita seja transferido para os peixes do aquário”, reforça Shyrlei. Evite dar comida em excesso, pois pode causar a proliferação de algas e desequilibrar a qualidade da água.

 

Lembre-se que é essencial contar com orientação de especialistas e médico-veterinário de confiança para cuidar adequadamente dos seus peixinhos. Ao seguir as orientações, você poderá desfrutar do hobby incrível e cuidar dos seus amigos aquáticos com amor e dedicação, assim como faria com outros animais de estimação.

 

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