Agility ajuda cão a gastar energia e fortalece vínculo com humanos

As famílias que têm pet sabem que fazer o animal gastar energia pode ser um desafio. Nem sempre há espaço para realizar atividades dentro de casa, e passear pode não ser suficiente, principalmente para algumas raças, como os border collies, que têm energia de sobra. Se esse é o caso do seu cão, o agility pode ser uma boa alternativa.

Trata-se de um esporte em dupla, no qual cachorro e dono trabalham juntos para concluir o circuito, que pode ter rampas, gangorras, túneis, muros e outros equipamentos. O animal precisará correr, saltar e desviar dos obstáculos, sendo uma atividade ótima para exercitar a mente e o corpo. 

“Agility é um esporte para o dono e o cão pensarem e brincarem juntos. É uma ferramenta excepcional para criar vínculos entre eles porque, além da atividade física, exige que eles resolvam problemas e superem obstáculos juntos. A pessoa que pratica agility tem um relacionamento diferente com o pet”, assinala Leonardo Ogata, adestrador e fundador da Tudo de Cão.

O especialista destaca que um dos principais desafios no circuito é a condução do animal. Por isso, a comunicação entre o cachorro e o dono precisa estar afiada. É necessário que o pet já tenha o hábito de treinar e saiba comandos básicos, como “deita” e “senta”, além de estar habituado e treinado para ser solto em espaços públicos.

“Muita gente acha que é só soltar o cão que ele já vai fazer as atividades, mas a recomendação é que o animal tenha o mínimo de treino para a pessoa não se frustrar. É importante que ele já goste de treinar, e que seja muito motivado pelos treinos. Além disso, o pet precisa ter o mínimo de obediência, pois ele ficará sem guia, e deve trabalhar respondendo comandos. Não basta somente soltar o animal no circuito”, afirma Ogata.

Cuidados antes de começar no agility

  • Mesmo que seu pet já esteja habituado a treinar e tenha muita energia para gastar, é necessário tomar alguns cuidados antes de começar no agility. A orientação é consultar um médico-veterinário para garantir que o animal esteja com a saúde em dia. Essa pode não ser a melhor atividade para cães que tenham dores articulares, por exemplo.
  • Em outros casos, mesmo com alguma condição de saúde, é possível fazer o exercício com adaptações. Cachorros com displasia, idosos ou indivíduos que tenham as pernas mais curtas podem fazer o circuito, mas é preciso evitar os saltos. Para isso, é possível colocar as barras no chão, assim, o animal corre ao invés de pular.

Como começar no agility

O agility ainda está crescendo no Brasil, portanto, ainda há poucos espaços especializados. Quem deseja começar a praticar o esporte, pode dar o primeiro passo com obstáculos adaptados em casa, usando artefatos como cabos de vassoura. Há também cursos online para quem quer entender mais sobre a técnica.

“99% do sucesso do agility está na condução. Para praticar isso, nem precisa estar no circuito, pode ser com árvores em uma praça. Dá para treinar muita coisa fora da pista. A vantagem é que hoje muitos condomínios têm o pet place com obstáculos simples para começar”, indica Ogata, da Tudo de Cão.

Mesmo assim, a recomendação é buscar um profissional para auxiliar no processo, principalmente para donos e cães que desejam competir na modalidade. Isso porque ele poderá avaliar os treinos e indicar com mais precisão quais pontos precisam melhorar.

 

Veja Também